Avaliação ecotoxicológica do biossólido produzido na ETE/CEDAE/Ilha do Governador-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carneiro, Cristina Maria Teixeira Soares lattes
Orientador(a): Correia, Maria Elizabeth Fernandes
Banca de defesa: Benazzi, Eloísa dos Santos, Moraes, Luiz Fernando Duarte de, César, Ricardo Gonçalves, Scwab, Stefan
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9856
Resumo: Os efluentes de origem doméstica geram como resíduo o lodo e sua produção só tende a aumentar, principalmente em países em desenvolvimento onde há expectativa de incremento no saneamento básico. Este resíduo, quando tratado adequadamente, transforma-se no biossólido e seu uso para fins agrícolas se apresenta como uma prática econômica e ambientalmente apropriada de destinação final. A disposição deste resíduo no solo, entretanto, pode interferir negativamente na biota e impactar organismos aquáticos quando chega aos rios e lagos. Os ensaios ecotoxicológicos se apresentam como uma importante ferramenta para avaliar o uso seguro do biossólido para os organismos vivos. Para isso, foram realizados ensaios envolvendo a microbiota do solo, algas, cladóceros e peixes, além de invertebrados terrestres, comominhocas, colêmbolos e enquitreídeos, em solos naturais (Planossolo e Argissolo), tratados com diferentes concentrações do biossólido produzido na ETE/CEDAE/Ilha do Governador-RJ. A microbiota do solo foi a menos sensível ao uso do resíduo, tanto no crescimento quanto no metabolismo. No ambiente aquático, as algas (Raphidoceles subcaptada) apresentaram maior sensibilidade com CE50 de 12,7% e 8,87 %, seguidas por cladóceros (Daphnia magna), com CE50 de 32,0% e 17,9% e peixes (Danio rerio) com CL50 de 42,7 % e 38,9%, em Planossolo e Argissolo respectivamente. As sementes de alface (Lactuca sativa) apresentaram redução de 50% na germinação em concentrações de 36,1% de biossólido em Planossolo e 29,5 % em Argissolo. Nos invertebrados terrestres foram realizados testes de fuga e reprodução. Os resultados dos ensaios de fuga foram: CE50 de 33,8% e 33,5% para colêmbolos e 48,03 % e 33,82% para minhocas em Planossolo e Argissolo. Os organismos da espécie Folsomia candida apresentaram-se ligeiramente mais sensíveis do que as minhocas. Nos ensaios de reprodução, a CE50 foi de 20,8% em colêmbolos nos dois tipos de solo e 22,82% e 20,77% nos enquitreídeos em Planossolo e Argissolo. As concentrações que causam danos foram superiores aquelas utilizadas como fertilizante. É necessário, entretanto, atenção em relação à periodicidade do tratamento, ao uso do biossólido como substrato e ao seu armazenamento para evitar que chegue aos recursos hídricos.