Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Jessica Barreto de
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Wanderley, Henderson Silva |
Banca de defesa: |
Wanderley, Henderson Silva,
Justino, Flávio Barbosa,
Delgado, Rafael Coll |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
|
Departamento: |
Instituto de Florestas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15616
|
Resumo: |
A desertificação é o processo de degradação do solo a partir de causas naturais e/ou antrópicas em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas. Além da sua abrangência mundial, a desertificação tem sido considerada um dos mais graves problemas que atinge as vertentes social, econômica e ambiental. Identificar essas regiões pode subsidiar o planejamento do uso racional da água visto que essas áreas apresentam restrições hídricas e são afetadas pelas variabilidades climáticas. Uma das formas de avaliar a desertificação é a partir do índice de aridez (IA), que permite classificar as áreas quanto às suas características climáticas. Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo identificar as áreas suscetíveis à desertificação no Brasil, a partir do índice de aridez, e suas alterações para cenários futuros de mudanças climáticas. A pesquisa foi realizada para todo território brasileiro, com a utilização de dados de temperatura do ar e precipitação para o período climatológico atual 1990 a 2018 e cenários futuros de mudanças climáticas (CFMC) de 2021 a 2100. Para os CFMC foram utilizadas projeções futuras de oito modelos, adotando as projeções do CMIP-6 para os cenários de mudanças intermediário SSP 4.5 e pessimista SSP 8.5. O IA foi calculado a partir da metodologia de Thornthwaite (1948) e complementada por Penman (1953). Os resultados indicaram, para o período atual, temperatura acima de 24ºC cobrindo a maior parte do país, com os maiores valores na Região Norte que atingiu até 28ºC, e os menores na região Sul, em torno de 11ºC. A precipitação variou desde 500 mm/ano no interior do Nordeste até acima de 3.500 mm/ano na região Norte. Em relação ao IA as regiões mais úmidas do país são Norte e Sul, enquanto o Nordeste é a região mais árida. Para o cenário intermediário SSP 4.5 as projeções dos modelos apontam aumento médio da temperatura em torno de 3 ºC e variação da precipitação média em torno de -4,5 a 6,0% até o final do século para o Brasil. Os modelos indicam aumento do clima subúmido seco e tendência de alta e moderada suscetibilidade à desertificação até o final do século para o Brasil. Para o cenário pessimista SSP 8.5 projeta-se aumento médio da temperatura em torno de 6 ºC e variação da precipitação em torno de -10,0 a 4,5%, além de aumento expressivo do clima semiárido e tendência de alta suscetibilidade à desertificação. As regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentam tendência de aumento de áreas com clima semiárido. A região Sul obteve menor variação, apresentando clima úmido. No Nordeste há indicativo de aumento do clima árido, enquanto no Norte prevalece o clima subúmido seco. Logo, a maior parte do Brasil apresenta projeção de alta suscetibilidade à desertificação. Destaca-se que a região Norte foi a que obteve maior aumento de temperatura e intensificação da aridez, representando um desafio na gestão brasileira dos recursos hídricos e sua capacidade de suprimento. |