Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Rafael Cassador
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Orientador(a): |
Alves, Bruno José Rodrigues |
Banca de defesa: |
Alves, Bruno José Rodrigues,
Jantalia, Claudia Pozzi,
Pinheiro, Érika Flávia Machado |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10573
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Resumo: |
O efeito estufa é um processo natural essencial para a vida na Terra. Entretanto, a concentração dos gases responsáveis pelo aquecimento global vem aumentando na atmosfera. Dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) estão entre os gases de efeito estufa (GEE) mais importantes. A agricultura é a principal atividade econômica brasileira, contudo, é a principal produtora de N2O, logo, é um dos setores visados para implantação de medidas mitigadoras de emissões de GEE. Uma das medidas mitigadoras para a agricultura assumidas pelo Brasil no Plano de Agricultura de Baixo Carbono é a expansão da área sob plantio direto (PD). O sistema PD é capaz de acumular carbono no solo, não obstante, as alterações causadas no solo pela adoção deste sistema podem aumentar as emissões de N2O. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do preparo de solo e da adubação nitrogenada nas emissões de N2O em dois sistemas de sucessão para a produção de soja. Foram instalados dois experimentos na estação experimental da Embrapa Soja em Londrina-PR. Plantio convencional (PC) com e sem adubação nitrogenada e PD com e sem adubação nitrogenada foram os tratamentos utilizados, com seis repetições. As áreas correspondem a experimentos de longo prazo, sendo um com a sucessão soja - trigo, mantido há 33 anos, enquanto que a sucessão soja - milho safrinha, existe há 21 anos. O monitoramento dos fluxos de N2O de cada tratamento foi realizado utilizando-se câmaras estáticas fechadas. O primeiro monitoramento iniciou-se em 2013 com o plantio de trigo, seguido pela cultura da soja, e encerrou-se com a colheita da soja em 2015. O segundo iniciou-se em 2014 com plantio do milho seguido da cultura da soja, encerrando-se também em 2015. Além das avaliações dos fluxos de N2O, amostras de solo para determinação da umidade, nitrato (NO3-), amônio (NH4+) e carbono (C) solúvel também foram retiradas. A produtividade da soja respondeu ao preparo de solo. Após trigo, em PD, a média foi de 2,6 Mg ha-1e em PC, de 1,3 Mg ha-1. Após milho, em PD, 2,0 Mg ha-1, e em PC 0,7 Mg ha-1. No inverno não houve diferença, para trigo, a média foi de 2,7 Mg ha-1, e para milho de 4,2 Mg ha-1.As emissões de N2O foram similares entre PC e PD em todos os anos. Na sucessão soja - trigo, as emissões de N2O do PC variaram de -14,8 a 156,5 µg N-N2O m-2 h-1, e em PD, de -14,6 a 214,0 µg N-N2O m-2 h-1. Na sucessão soja - milho safrinha, em PC, os valores permaneceram entre -10,2 e 486,3 µg N-N2O m-2 h-1, e em PD, entre -11,1 e 364,4 µg N-N2O m-2 h-1. Os picos de emissão ocorreram nos tratamentos que receberam adubação nitrogenada. Contudo, as diferenças limitaram-se ao ciclo do trigo, e do milho, no ciclo da soja as emissões foram similares, independente do tratamento empregado. C solúvel não apresentou correlação significativa com as emissões de N2O, O N-mineral do solo apresentou correlação no ciclo do trigo, no segundo ano da sucessão e no ciclo do milho. O %EPPA correlacionou-se com o ciclo da soja, no primeiro ano da sucessão com trigo. Os fatores de emissão calculados foram inferiores a 1%. |