Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Juliana de Oliveira
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Orientador(a): |
Garcia, Rosilei Aparecida |
Banca de defesa: |
Garcia, Rosilei Aparecida,
Lelis, Roberto Carlos Costa,
Moura, Luiz Fernando de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11269
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Resumo: |
A madeira de teca (Tectona grandis L. f.) proveniente de plantios jovens (12 anos de idade) apresenta algumas características indesejáveis em termos de uniformidade de cor além de apresentar alta proporção de alburno, o qual distingue-se do cerne pela menor durabilidade e cor clara. Além disso, a madeira de teca apresenta alteração de cor quando exposta à radiação ultravioleta (UV), o que acaba depreciando o material ao longo do tempo. Tratamentos termorretificadores podem ser aplicados para alterar, uniformizar e estabilizar a cor da madeira, agregando assim maior valor ao produto final. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram: (1) determinar o efeito do espaçamento entre árvores nas propriedades físicas (densidade e teor de umidade) e na cor original da madeira, (2) determinar a alteração da cor da madeira após a termorretificação, (3) avaliar a uniformidade da cor da madeira (peças contendo cerne e alburno) após os tratamentos termorretificadores e (4) avaliar a estabilidade da cor da madeira termorretificada à radiação UV em condições de envelhecimento acelerado. Foram utilizadas nove árvores de teca provenientes de três espaçamentos (4 x 2 m, 5 x 2 m e 6 x 2 m), sendo 3 árvores para cada espaçamento. Amostras de 150 x 75 x 20 mm foram produzidas e divididas em três grupos: I: amostras com predominância de madeira do cerne (≥ 75% de cerne em relação ao alburno), II: amostras com 100% de alburno e III: amostras com aproximadamente 50% de cerne e 50% de alburno. Os grupos I e II foram utilizados para determinar as propriedades físicas, a variação da cor da madeira antes e após a termorretificação e a estabilidade da cor após à radiação UV, enquanto que o grupo III foi utilizado para determinar a uniformidade da cor após a termorretificação. A termorretificação foi realizada em um forno mufla elétrico laboratorial Linn Elektro Therm sob duas temperaturas: 180 e 200ºC. As medições de cor foram realizadas através do espectrofotômetro portátil CM 2600d no espaço CIE-L*a*b*. O ensaio de envelhecimento acelerado foi realizado em uma câmara QUV/Spray da Q-Lab. O ciclo total de exposição à radiação UV foi de 168 horas, sendo realizadas medições de cor à cada 42 horas. O espaçamento afetou as propriedades físicas e a cor original da madeira. A termorretificação afetou mais a densidade do cerne que do alburno. As madeiras de cerne e alburno apresentaram uma redução média de 52% no teor de umidade de equilíbrio após a termorretificação. O cerne e o alburno apresentaram o mesmo padrão de luminosidade nos diferentes espaçamentos. Após a termorretificação, a madeira teve perda de luminosidade, tornado-se mais escura, sendo isso mais acentuado para o tratamento à 200ºC. As madeiras de cerne e alburno apresentaram comportamentos diferentes para as coordenadas a* e b* dependendo do espaçamento, antes e após a termorretificação. Ocorreu uma maior formação de pigmento vermelho e perda de pigmento amarelo nas madeiras de cerne e alburno tratadas à 200ºC. A termorretificação proporcionou uma maior alteração à cor do alburno, o que resultou em uma maior uniformidade às peças de madeira contendo cerne e alburno. A cor da madeira de alburno termorretificada à 180ºC apresentou maior estabilidade à radiação UV, mostrando assim o potencial da termorretificação para obtenção de produtos de maior valor agregado. |