Lactobacillus spp de origem humana probióticos potenciais: características funcionais e de segurança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Ivan Paulo Biano da lattes
Orientador(a): Luchese, Rosa Helena lattes
Banca de defesa: Cruz, Adriano Gomes da, Garcia, Silvia Magalhães Couto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11113
Resumo: A disbiose ou desiquilíbrio da microbiota intestinal torna-se um problema cada vez mais frequente na atualidade, tendo como consequência várias doenças relacionadas. Bifidobactérias e lactobacilos influenciam positivamente a saúde, especialmente pela sua capacidade de inibir patógenos e estimular o sistema imune. Os principais requisitos de um microrganismo probiótico são a capacidade de resistir aos sucos digestivos, adesão ao epitélio intestinal para que exerçam atividade de exclusão competitiva de patógenos, além de serem seguros. Muitos autores também recomendam a utilização de probióticos espécie-específicos por serem mais adaptáveis ao organismo humano e, portanto, melhor competidores. Esta pesquisa teve como objetivo a caracterização de algumas propriedades probióticas (resistência aos sucos gástrico e intestinal, e atividade antimicrobiana) e aspectos de segurança dos probióticos (resistência aos antimicrobianos e capacidade hemolítica) de lactobacilos isolados de crianças lactentes. Nos ensaios de inibição, nenhuma cepa mostrou-se capaz de reduzir Candida albicans quando cultivadas concomitantemente. Porém, as cepas Lac 11 e A1 se mostraram tão ou mais eficientes que as cepas comerciais em inibir Echerichia coli. Todavia, a cepa Lac 8 apresentou sinergismo no crescimento desta bactéria. Não houve diferença significativa com relação à resistência aos antibióticos testados entre as cepas comerciais e as de origem humana, com exceção da cepa 24, que se mostrou estatisticamente mais sensível à ampicilina. No que tange à simulação de passagem pelo trato gastrointestinal (TGI), também não houve diferença significativa entre as cepas testadas. Além disso, todas as cepas mostraram-se não hemolíticas. A identificação fenotípica pelo API 50 CHL apontou as cepas 24, Lac 8 e Lac 11 como pertencentes à espécie Lactobacillus rhamnosus. Já as cepas A1 e Lac X foram identificadas como Lactobacillus paracasei. Os resultados indicaram o potencial probióticos destas cepas de acordo com os quesitos testados.