Estoque de carbono, nitrogênio e fertilidade do solo em áreas em recuperação com leguminosas e em sistema de agricultura itinerante de alta produtividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Macedo, Michele de Oliveira lattes
Orientador(a): Franco, Avílio Antônio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9144
Resumo: Neste estudo foi avaliado o potencial do uso de leguminosas arbóreas fixadoras de nitrogênio, e da utilização de pousio em um sistema de agricultura itinerante de alta produtividade, em restabelecer a ciclagem de nutrientes e incrementar os estoques de C e N. Foram avaliados os estoques de C e N do solo, as concentrações de fração leve livre e leve oclusa da matéria orgânica, os teores de Ca, Mg, P, K, C e N no solo, e o estoque e a quantidade de nutrientes presentes na serapilheira nas estações seca e chuvosa. Uma das áreas avaliadas, no município de Angra dos Reis (RJ), está em recuperação há 13 anos. Para fins de comparação, utilizou-se como referência uma área de mata e outra, desmatada, adjacente à área em recuperação. As demais áreas estudadas localizam-se em Seropédica (RJ), e estão em recuperação há 17 anos com as espécies Mimosa caesalpiniifolia e Acacia auriculiformis, e há 13 anos, com a espécie Albizia guachapele. Como área referência foi utilizada uma área de capoeira e outra de pastagem. Tanto a área em recuperação localizada em Angra dos Reis quanto as áreas em recuperação em Seropédica haviam sido utilizadas como áreas de empréstimo, tendo perdido parte dos horizontes superficiais do solo. A área de agricultura itinerante situa-se em Bom Jardim, região serrana do Rio de Janeiro. Foi avaliado um gradiente de uso do solo: área cultivada há um ano; área há três anos com rotação cultivos; área há 18 anos cultivada com bananas; área em pousio há cinco anos; e outras duas áreas em pousio há 18 e 33 anos. O uso de leguminosas incrementou os estoques de C e N do solo nas áreas em recuperação. As taxas de aumento variaram de 0,04 a 0,15 Mg ha-1 ano-1 para N, e de 0,13 a 1,73 Mg ha-1 ano-1 de C. No sistema de agricultura itinerante, os menores estoques de C foram observados nas áreas cultivadas há um e há três anos. Nas áreas em pousio e no bananal os estoques foram similares entre si e superiores aos das áreas cultivadas. O maior estoque de N foi observado na área com cinco anos de pousio. As concentrações de fração leve livre e leve oclusa foram similares entre as áreas de mata e em recuperação em Angra dos Reis. Nas áreas em recuperação em Seropédica, somente a fração leve livre foi restabelecida. Já nas áreas de Bom Jardim, não houve diferença significativa entre as concentrações de fração leve livre e leve oclusa. No entanto, o pousio de cinco anos e o cultivo de três anos apresentaram os menores valores de fração leve livre. Os estoques de serapilheira nas áreas de mata e em recuperação de Angra dos Reis foram similares. As áreas em recuperação no município de Seropédica apresentaram estoques de serapilheira similares, com exceção da espécie A. auriculiformis que mostrou os maiores estoques. Nas áreas em pousio do sistema de agricultura itinerante, os estoques de serapilheira foram similares. O estoque de nutrientes da serapilheira, em geral, variou pouco, e foi dependente da massa de serapilheira. A fertilidade dos solos das áreas em recuperação foi ligeiramente maior que das áreas referência. Na agricultura itinerante, pode-se observar efeito residual da calagem usada pelo agricultor no pousio de cinco anos. De acordo com os resultados de estoque de C, N e fertilidade do solo, o período de pousio mais indicado para o corte e queima foi o de cinco anos.