Práticas sustentáveis no cultivo de milho: um estudo realizado no município de Taiobeiras, Estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Loyola, Welder Lopes lattes
Orientador(a): Rumjanek, Norma Gouvêa lattes
Banca de defesa: Rumjanek, Norma Gouvêa, Martins, Lindete Míria Vieira, Goulart, Jhonatan Marins
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19697
Resumo: O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho (Zea mays), porém, a cadeia produtiva é muito dependente da importação de insumos agrícolas. Entre as alternativas capazes de contribuir para o aumento da produção e preservação do solo, o enriquecimento dos microbiomas ou comunidades microbianas rizosféricas – fungos, protozoários e bactérias – que coexistem e interagem com as plantas têm recebido cada vez mais atenção. Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito do enriquecimento do microbioma na produção do milho a partir da adição de (1) composto da Escola Família Agrícola Nova Esperança (EFANE), (2) gongocomposto, (3) mistura do composto EFANE com gongocomposto; (4) inoculante líquido contendo as estirpes Ab-v5 e Ab-v6 de Azospirillum brasilense, e (5) amostra de solo transplantado de área de alta fertilidade com histórico de manejo agroecológico; além do controle não tratado. O experimento foi implantado durante a safra de verão em 14/11/2022, em área com histórico de práticas agroecológicas no município de Taiobeiras, Minas Gerais. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso (DBC) composto por 6 tratamentos e 6 repetições. Cada parcela recebeu 128 sementes, distribuídas em 32 berços. O espaçamento foi de 0,60 cm entre berços e entrelinhas. As avaliações da altura da parte aérea foram realizadas quinzenalmente. Aos 60 dias após o plantio, foram determinados o número de folhas, o diâmetro do colmo e a altura da primeira espiga. Aos 120 dias do experimento foram determinados o número de plantas por área útil, o número de espigas por berço, a massa acumulada de 100 sementes, o número e a massa acumulada de grãos por espiga. Entre os parâmetros observados a massa acumulada de 100 sementes demonstrou, que os tratamentos que receberam a mistura do composto EFANE com o gongocomposto, somente o composto EFANE e o inoculante comercial apresentaram uma média de 29,16 g. Este valor é cerca de 5% superior ao controle. A média dos índices de produtividade calculada para esses tratamentos é de 13,39 Mg ha-1 que corresponde a um valor 36,5% superior ao controle. A produtividade foi estimada utilizando a formula (Número de plantas por área x Número médio de espigas por planta x Peso médio dos grãos por espiga). Esses resultados sugerem que o enriquecimento do microbioma rizosférico do milho pode ser uma prática alternativa sustentável capaz de incrementar a produtividade da cultura, de atender às necessidades agrícolas, bem como, de potencializar o efeito das comunidades microbianas presentes na rizosfera.