Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Felipe Ferreira da
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Orientador(a): |
Chaer, Guilherme Montandon
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Banca de defesa: |
Chaer, Guilherme Montandon,
Faria, Sergio Miana de,
Soares, Luis Henrique Barros de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11175
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Resumo: |
A piçarra constitui-se em um material mineral composto principalmente de silte, areia e cascalho utilizado como aterro em bases de poços, estradas de acesso e demais estruturas industriais ligadas à exploração de petróleo em terra no estado do Rio Grande do Norte. A retirada deste material ocorre em jazidas de área reduzida, porém causa grande impacto na paisagem devido a remoção da vegetação nativa e das camadas superficiais do solo. Ao final do processo de exploração, as jazidas de piçarra além de locações de exploração de petróleo descomissionadas devem ser recuperadas, o que envolve o plantio de espécies pioneiras e capazes de se estabelecer nesse substrato. Várias espécies da família Leguminosae possuem a capacidade de adaptação a solos degradados e desprovidos de matéria orgânica. Entretanto, essa adaptação depende do estabelecimento de simbioses com bactérias fixadoras de nitrogênio (rizóbios) e fungos micorrízicos arbusculares (FMA). O primeiro capítulo deste estudo teve como objetivo caracterizar a piçarra e o topsoil de áreas adjacentes com vegetação nativa da Caatinga quanto à presença de rizóbios e esporos de FMA. As áreas de estudo constituíram-se de duas jazidas de exploração de piçarra (J1 e J2), uma central de resíduos e uma base de poço, sendo as duas últimas, áreas que receberam aterros com piçarra. Os solos foram amostrados na camada de 0 a 10 cm e caracterizados quanto à fertilidade, textura e presença de rizóbios e FMA. Os esporos de FMA foram resgatados a partir da técnica do peneiramento úmido, contados e identificados. A densidade de rizóbios foi determinada pelo número mais provável (NMP) obtido a partir da inoculação de plantas-isca das espécies Mimosa tenuiflora (Mart.) Benth. (jurema-preta) e Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sabiá). A fertilidade e os teores de matéria orgânica das jazidas de exploração de piçarra foram inferiores aos das áreas de vegetação nativa. A classe textural das amostras coletadas foi predominantemente arenosa. O maior NMP foi obtido na jazida J2 e em vegetação nativa adjacente a esta, especialmente no período chuvoso. O número de esporos de FMA foi superior nas áreas de vegetação nativa especialmente na época seca. O segundo capítulo teve como objetivo avaliar a eficiência do uso de topsoil, proveniente de área de vegetação nativa, como inoculante de FMA e rizóbios para a espécie M. caesalpiniifolia Benth. Um experimento foi delineado com os seguintes tratamentos: (1) inoculação de plantas com 10 g de topsoil de área nativa anexa à jazida 1; (2) idem T1 com topsoil de área nativa anexa à jazida 2; (3) inoculante de rizóbios e (4) rizóbios + FMA produzidos em laboratório; (5) testemunha absoluta (TA); (6) TA com substrato autoclavado; (7) testemunha nitrogenada (TN) e (8) TN + FMA. A dupla inoculação com rizóbio e FMA promoveu o maior crescimento das plantas, massa de nódulos e colonização micorrízica, porém estatisticamente semelhante aos tratamentos com topsoil. Os resultados demonstraram a habilidade do topsoil em fornecer propágulos de rizóbios e FMA eficientes em promover o crescimento da espécie testada. Estudos adicionais deverão ser realizados visando confirmar esse potencial com outras espécies nativas da Caatinga assim como para avaliar o desempenho do uso do topsoil como inoculante em condições de campo. |