Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Zuzart, Carmelita Costa
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Orientador(a): |
Moreira, Vania Maria Losada
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Banca de defesa: |
Moreira, Vania Maria Losada,
Neumann, Eduardo Santos,
Silva e Melo, Karina Moreira Ribeiro da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19047
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Resumo: |
Entre os anos de 1630 e 1654, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (WIC) invadiu algumas das capitanias do norte do Brasil. Assim como em outros momentos da história da colonização brasileira, as forças portuguesas de resistência contaram com o apoio militar crucial de terços de homens negros e indígenas. Da mesma forma, o lado flamengo também contou com o apoio dos ameríndios. Por meio de mensageiros tupis, os funcionários da WIC souberam que vários povos autóctones nas províncias ao norte de Pernambuco estavam ansiosos para fazer uma aliança antiportuguesa. Por isso, um pequeno grupo de indígenas potiguaras foi levado à República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos para serem educados e transformados em mediadores confiáveis, transformando-se em verdadeiros diplomatas de seus povos. Disputados por cada lado da guerra, esses chefes possuíam conhecimentos das táticas, dos caminhos da terra e do poder de diálogo, sendo homens que souberam jogar no contexto conflitivo das capitanias do norte seiscentista. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho é traçar os caminhos que levaram essas lideranças indígenas a postos de prestígios dentro das estruturas coloniais europeias e como usaram tais posições para balizar seus interesses no mundo colonial e no interior de seus próprios povos. Por meio da análise das cartas trocadas entre lideranças de ambos os lados da guerra, essa dissertação procura mostrar a impressionante habilidade dos lideres potiguares em adotar discursos diferentes, aproveitando-se de práticas culturais não-indígenas, a exemplo da própria escrita, para fins específicos condizentes com seus planos políticos. Embora fossem partidários leais de seus aliados europeus, esses indígenas nunca se consideraram súditos da ordem colonial. Em vez disso, os chefes e diplomatas potiguaras viam principalmente esses momentos de aliança como uma oportunidade para promover a autonomia indígena frente ao colonialismo europeu. A partir do letramento, perceberemos que esses chefes de guerra não só conheciam, como dominavam as regras do jogo colonial. |