Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alves, Luanda dos Santos
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Orientador(a): |
Yukizaki, Suemy
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Banca de defesa: |
Ferrão Neto, José Cardoso,
Ayres, Lygia Santa Maria |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12963
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Resumo: |
A pesquisa aqui apresentada trata de um estudo de caso a respeito da apropriação e usos do uniforme escolar por alunos do 3º ano do ensino médio do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR). Os objetivos foram: compreender a roupa e o uniforme escolar como meios de comunicação entre os jovens, identificar as concepções estudantis sobre a função do uniforme escolar do CTUR, assim como as práticas de alteração do uniforme realizadas pelos estudantes. Sob uma abordagem qualiquantitativa, utilizamos diversas fontes de pesquisa: legislação brasileira, documentos oficiais do CTUR, entrevistas semiestruturadas com servidores e alunos, observação não participante e registro fotográfico. Através das fotografias e falas dos entrevistados, e baseada nos documentos oficiais que tratam do uniforme escolar do Colégio, apresentamos e discutimos os termos utilizados pelos pesquisados. Os alunos mostraram-se conhecedores das funções primárias do uniforme escolar, além de apontarem vantagens e desvantagens no seu uso – discussão bastante atual em redes sociais e sites especializados em educação. Atribuíram ao uniforme as funções de segurança, identificação, disciplina, e não diferenciação das classes sociais. Como pontos positivos do uso do uniforme apontaram a economia e a praticidade; e como pontos negativos o pouco destaque à individualidade e a possibilidade de estereotipar o aluno. Apresentaram-se orgulhosos por poderem vestir o uniforme de um Colégio Federal, mas, ainda assim, mostraram determinados predicados juvenis – que os levam a um comportamento transgressor, necessitando burlar normas para construir (e afirmar) suas próprias identidades – se apropriando e transformando o uniforme, seja customizando-o, seja alterando-o para proporcionar conforto, seja compondo-o com acessórios. Assim, as práticas de uso como alterações de cortes de manga e de gola da camisa com a justificativa de proporcionar conforto foram as mais significativas. Juntamente a elas, as marcas identitárias ficaram muito ligadas à moda, tais como: uso de chinelo e sandália – mesmo com a proibição expressa; bermuda mais curta e de cores e materiais não permitidos; calças compridas de cores, estampas e materiais também variados, confrontando com o que é permitido pelo Colégio; acessórios diversos como bonés, brincos, cordões, casacos e outros elementos – pulseira de couro, faixas e turbantes, piercing, unhas e bocas pintadas – característicos de grupos específicos – rock, hippie, rastafári, movimento de consciência negra, homoafetivo. Observamos que, apesar de existirem regras, a fiscalização por parte do Colégio não é realizada de forma muito acirrada, deixando espaço para que os alunos se apresentem enquanto jovens em formação de suas identidades, nos possibilitando concluir que o uniforme escolar – e os elementos a ele acoplados – constituem meio de comunicação específico entre os jovens estudantes do CTUR. Mas que nesta comunicação também se torna importante para os alunos a sua identificação como tais, apresentando um status de pertencimento desejável pelos mesmos. |