Processo erosivo sob padrões de chuva simulada pelo InfiAsper, considerando formatos de parcela experimental e adubação com cama de frango.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alves, Amanda Sales lattes
Orientador(a): Carvalho, Daniel Fonseca de lattes
Banca de defesa: Carvalho, Daniel Fonseca de lattes, Zonta, Everaldo lattes, Anache, Jamil Alexandre Ayach lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19268
Resumo: O uso de simuladores de chuvas em estudos relacionados à erosão hídrica tem sido muito difundido e a busca pela melhoria na qualidade dos dados obtidos representa um grande esforço da comunidade científica. Uma questão que ainda permanece em aberto é a influência do formato e da área de parcelas experimentais no processo erosivo sob chuva simulada. Outro ponto importante e menos avaliado é a perda de nutrientes em decorrência de chuvas erosivas com variação de intensidade de precipitação. Esta dissertação é apresentada em dois capítulos, cujos objetivos são: a) avaliar a interferência do formato e área da parcela experimental na distribuição da chuva e no processo erosivo utilizando um simulador com diferentes padrões de chuva; b) avaliar o efeito dos padrões de precipitação de chuvas simuladas nas perdas de solo, água, nutrientes e alteração dos atributos químicos no solo após a chuva simulada em área com e sem adubação com cama de frango, e o impacto financeiro em decorrência das perdas de nutrientes. Com o simulador de chuvas InfiAsper, foram utilizadas parcelas de formato retangular de 0,70 m2 (1,0 x 0,7 m) e circular com 0,50 m2. Na etapa de laboratório, foram realizados testes de calibração, de uniformidade e consumo de água do simulador, utilizando chuvas simuladas de 5 min de duração e rotações do disco obturador de 138, 264, 420, 684 e 804 rpm. A uniformidade foi também avaliada considerando os padrões avançado (AV), intermediário (IN), atrasado (AT) e constante (CT) em chuvas e 30 mm e 40 min de duração. Em campo, chuvas simuladas foram aplicadas em um Argissolo Vermelho-Amarelo, considerando delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 (formato da parcela) x 4 (padrões de precipitação), totalizando oito tratamentos e quatro repetições. Para atender ao segundo objetivo, chuvas com diferentes padrões foram simuladas na mesma área experimental e desenho estatístico, adotando parcela experimental circular, com aplicação de cama de frango (CCF) e sem cama de frango (SCF), e os mesmos quatro padrões de precipitação, totalizando 32 unidades experimentais. Em relação ao primeiro objetivo, a uniformidade da chuva variou de 77,7 a 79,0% na parcela retangular e de 81,7 a 83,8% na parcela circular, nos diferentes padrões de precipitação. Na parcela circular, o padrão AV proporcionou lâmina escoada de 14,41 mm e perda de solo de 27,19 g m-2 , enquanto na parcela retangular, o padrão AT proporcionou a maior lâmina escoada (14,08 mm) e perda de solo (13,66 g m-2 ). A utilização da parcela circular proporcionou maior uniformidade nos diferentes padrões de precipitação e as maiores perdas de solo e água, no padrão de AV. Em relação ao segundo objetivo, os valores médios do escoamento superficial não variaram em função da adubação com cama de frango. Contudo, houve diferenças nas perdas de sedimento entre os tratamentos SCF e CCF para o padrão AT e CT. O padrão IN proporcionou as maiores perdas de N e P total no material escoado, enquanto a maior de perda de K foi encontrada no padrão AV. A análise financeira indicou perdas de R$ 737,05 ha-1 na Baixada Fluminense e de aproximadamente 3 vezes maior na região Serrana do estado do Rio de Janeiro (R$ 2.403,75 ha-1 ). Portanto, em área com aplicação superficial de cama de frango, a variação da intensidade de precipitação de chuvas simuladas interfere nas perdas de N, P e K, que podem refletir negativamente na receita líquida dos produtores.