Para favorecer a cristandade: os jesuítas e a doutrina dos meninos nativos em Goa (séculos XVI-XVII)

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Anjos, Camila Domingos dos
• Orientador(a): Faria, Patrícia Souza de
• Banca de defesa: Faria, Patrícia Souza de, Gandelman, Luciana Mendes, Gonçalves, Margareth de Almeida, Tavares, Célia Cristina da Silva, Silva, Jorge Luzio Matos
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
• Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: jesuítas; conversão; pueris; Goa; Estado da Índia
• Palavras-chave em Inglês: Jesuits; conversion; pueri (boys and girls)
• Área do conhecimento CNPq: História
• Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10074

Em 1498 os portugueses chegaram ao Oriente, onde estabeleceram uma rede de comércio, feitorias e fortalezas. A expansão da fé católica no Oriente foi fundamental como um dos pilares da sustentação do poder político português. O projeto de conversão dos nativos visava homogeneizar as sociedades locais e estabelecer um vínculo de fidelidade ao Rei de Portugal. A presente tese analisa as iniciativas de coerção à conversão e de doutrinação dos pueris nativos – meninos entre sete e quatorze anos de idade – em territórios da Índia que estiveram sob a influência portuguesa, sobretudo em Goa entre os séculos XVI e XVII. Nossa pesquisa evidencia que os jesuítas, o Pai dos Cristãos, bem com demais autoridades coloniais serviram-se dos pueris nativos para múltiplas tarefas, inclusive a favor da própria expansão do catolicismo no Oriente. O recrutamento de meninos nativos no Colégio de São Paulo foi fomentado por décadas e visava também a expansão do projeto civilizatório pela fé. Discutimos, desta forma, como os meninos foram convertidos, doutrinados e disciplinados para serem incorporados às missões e ao projeto colonial de expansão. Para tanto analisamos diferentes fontes, como cartas e alvarás do rei de Portugal e do vice-rei do Estado da Índia, decretos dos Concílios Provinciais de Goa, uma compilação de leis sobre a cristianização que envolvia o Pai dos Cristãos, bem como registros de alforria elaborados pelo mesmo e cartas dos jesuítas que missionaram no Oriente.