Estudo epidemiológico de Borrelia burgdorferi, Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale em búfalos (Bubalus bubalis) do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Corrêa, Fabíola do Nascimento lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da lattes
Banca de defesa: McIntosh, Douglas, Ribeiro, Múcio Flávio Barbosa, Yoshinare, Natalino Hajime, Faccini, Joâo Luiz Horácio, Salles, Roberto de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PCR
Palavras-chave em Inglês:
PCR
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9737
Resumo: O crescente interesse econômico sobre a bubalinocultura tem estimulado pesquisas a respeito da saúde bubalina. O presente estudo teve como objetivo verificar a frequência sorológica e molecular dos agentes Borrelia burgdorferi, Babesia bigemina, Babesia bovis e Anaplasma marginale em búfalos do estado do Rio de Janeiro. Dezessete propriedades foram selecionadas, sendo pelo menos uma por microrregião com criatório bubalino no estado do Rio de Janeiro, nas quais o sangue dos bubalinos foi coletado por amostragem não probabilística. Foram utilizadas 316 amostras de soro e 295 amostras de DNA analisadas pelas técnicas de ELISA indireto e PCR, respectivamente. Para B. burgdorferi apenas as amostras de DNA dos 12 animais com maior soropositividade no ELISA foram submetidas à técnica de PCR. O teste sorológico revelou que 59,2% dos animais foram positivos para B. burgdorferi, 51,3% para B. bovis, 45,9% para B. bigemina e 42,0% para A. marginale. Não foi observada associação entre o sexo dos bubalinos e as frequências de animais positivos para todos os agentes (p>0,05), mas as fêmeas apresentaram maior capacidade de produção de IgG contra infecções por B. burgdorferi, B. bigemina e A. marginale (p<0,05). A idade dos animais mostrou influência sobre a frequência de animais soropositivos e a intensidade de resposta imune para todos os agentes, pois ambas aumentaram progressivamente até o animal atingir 36 meses de idade. A partir dos sete meses de idade, foram observados maiores índices de densidade óptica contra todos os agentes analisados, o que pode indicar o início da imunidade ativa. A PCR para amplificação do gene flgE de Borrelia sp., resultou em uma amostra positiva, cujo sequenciamento revelou 99% de homologia com B. burgdorferi. Para B. bigemina a técnica de PCR utilizada, com sensibilidade para detectar até 58 parasitos/μL de sangue, revelou apenas um animal positivo. A PCR utilizada nas análises para B. bovis, com sensibilidade para detectar até 21 parasitos/μL de sangue, não revelou nenhum positivo em um piloto inicial realizado com amostras de 36 bubalinos altamente soropositivos e 36 negativos no ELISA. A partir deste resultado, não foram testadas as demais amostras de DNA para B. bovis. A técnica de PCR para A. marginale foi eficiente para animais com até 7,33 parasitos/μL de sangue, revelando uma frequência de 5,42% (16/295) de bubalinos positivos. Para todos os agentes, não houve associação entre os resultados da sorologia e da PCR. O percentual de bubalinos do estado do Rio de Janeiro sororreagentes a B. burgdorferi e a existência de um búfalo PCR positivo para este agente sugerem a presença deste espiroquetídeo, ou outro similar antigênica e molecularmente, nesta população animal. Babesia bigemina, B. bovis e A. marginale estão presentes na população estudada, encontrando-se em baixas parasitemias, em grande parte não detectáveis pelas técnicas de PCR simples utilizadas.