Análise molecular da inoculação a campo do fungo micorrízico arbuscular (FMA) Glomus clarum CNPAB5 em plantas de milho, crotalária e batata-doce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Azevedo, Gabriel Corradi lattes
Orientador(a): Souza, Francisco Adriano de lattes
Banca de defesa: Seldin, Lucy, Medici, Leonardo de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13543
Resumo: A maioria das famílias de plantas estabelece simbiose com fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Dentre os FMA, espécies de Glomus se destacam como promotoras do crescimento de plantas cultivadas e predominam em solos agrícolas brasileiros, dentre essas o Glomus clarum. No entanto, estudos relativos à inoculação extensiva à campo e persistência do FMA inoculado são escassos. O objetivo desse trabalho foi avaliar, através de PCR-DGGE e sequenciamento, a capacidade de estabelecimento e a persistência da estirpe Glomus clarum CNPAB5 após sua inoculação à campo, bem como verificar o poder dessa técnica de fingerprint na detecção de alterações temporais e espaciais na comunidade de espécies do gênero Glomus . Plantas de milho e crotalária foram inoculadas com quatro doses de inóculo (0, 300, 900 e 1800 esporos/m linear de sulco de plantio) e após cultivo, nas mesmas parcelas, foi plantada batata-doce em rotação. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso com quatro repetições. Visando a detecção molecular da estirpe introduzida por PCR-DGGE, inicialmente, a capacidade de discriminação de espécies do gênero Glomus foi avaliada utilizando 17 estirpes pertencentes a 9 espécies. Parte do 18S rDNA, incluindo a região V9, até a ITS2 foram amplificadas utilizando-se três combinações de iniciadores (NS7-GC/ F1Ra, NS7-GC/ITS-2 e GLOM1310-GC/ITS-2). Praticamente todas as estirpes apresentaram perfis distintivos e com múltiplas bandas, principalmente quando amplificada a região ITS, indicando variação intraespecífica entre as cópias do rDNA nas regiões amplificadas e capacidade de discriminação das estirpes por PCR-DGGE. Fragmentos obtidos com os iniciadores NS7-GC/ITS-2 foram escolhidos para as análises do experimento de campo. Os perfis obtidos das raízes não permitiram diferenciar os tratamentos, no entanto o DGGE indicou variação temporal, espacial e com o plantio da batata-doce em rotação na estrutura da comunidade de Glomus. Em relação a detecção e acompanhamento do FMA inoculado essa técnica de fingerprint não se mostrou adequada, uma vez que, o padrão do G. clarum não foi claramente identificado nas amostras de milho e crotalária inoculadas, bem como na batatadoce plantada em rotação. A comparação das sequências de raízes inoculadas com 1800 esporos de G. clarum CNPAB5 com sequências depositadas no GenBank indicaram a presença de G. clarum, porém, como somente foi realizado o sequenciamento das raízes inoculadas com a maior dose de inóculo, aliado ao fato de que essa espécie também foi encontrado nos solos dos tratamentos não inoculados, não se pode afirmar que o fungo inoculado foi capaz de colonizar e persistir no sistema após sua inoculação.