Congelamento, resfriamento e conservação de sementes de abóbora (Cucurbita moschata Dusch), feijão vagem (Phaseolus vulgaris L.) e milho (Zea mays L.) obtidas de manejo biodinâmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Carolina Olga da Fonseca lattes
Orientador(a): Lopes, Higino Marcos lattes
Banca de defesa: Fernandes, Maria do Carmo de Araújo, Moreira, Luiz Beja
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10359
Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do congelamento e do resfriamento na qualidade fisiológica e na armazenagem de sementes de abóbora (Cucurbita moschata Dusch), feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.) e milho (Zea mays L.), oriundas de cultivo biodinâmico. As sementes foram congeladas a -18ºC e resfriadas a 15ºC, por dois períodos de tempo (36 horas e 7 dias), utilizando dois tipos de embalagem (garrafas PET e sacos plásticos especiais com vácuo). Estas sementes foram avaliadas inicialmente e posteriormente aos tratamentos quanto ao vigor, ao percentual de germinação e sanidade. Após os tratamentos as sementes foram armazenadas em condições de ambiente e em câmara fria. Foram realizadas avaliações de vigor e germinação a cada 45 dias por seis meses e no sexto mês foi realizado o teste de sanidade. Para as sementes de abóbora, o tratamento combinando o tempo de exposição de 36 horas a -18ºC em embalagem PET não alterou a qualidade fisiológica e as porcentagens de fungos nas sementes. Quando submetidas a -18ºC por 7 dias em embalagem a vácuo foram encontradas as menores médias. Durante a armazenagem por seis meses, a germinação e primeira contagem de germinação resultaram em maiores médias quando armazenadas sob refrigeração, e as médias de comprimento de plântulas se apresentaram estatisticamente iguais, independente do local de armazenamento. O tempo provocou uma redução na viabilidade das sementes e a redução dos gêneros Aspergillus e Penicillium nas sementes abóbora. Para as sementes de feijão-vagem, o tratamento combinando o tempo de exposição de 7 dias a -18ºC e a embalagem PET não alterou a qualidade fisiológica das sementes e a contaminação por fungos. As menores médias foram obtidas combinando o tempo de 36 horas, a embalagem a vácuo e a temperatura de -18ºC. O local de armazenagem não foi significativo, enquanto que o tempo foi relevante para a primeira contagem do teste de germinação, provocando redução da viabilidade. Ocorreu uma redução do gênero Penicillium nas sementes de feijão-vagem, após 180 dias de armazenagem em ambos os ambientes. Para as sementes de milho, as maiores porcentagens de germinação foram observadas no tratamento combinando o tempo de 36 horas a 15ºC e a embalagem PET, enquanto que para o comprimento de plântulas e primeira contagem do teste de germinação, o tempo de exposição de 7 dias e a -18ºC proporcionaram maiores médias, em ambas as embalagens. Na avaliação sanitária deste tratamento utilizando a embalagem PET, ocorreu um aumento significativo na contaminação pelo gênero Fusarium. As menores porcentagens de germinação foram obtidas no tratamento combinando o tempo de 7 dias a -18ºC e a embalagem a vácuo. Para o comprimento de plântulas e primeira contagem do teste de germinação, o tempo de 36 horas e a embalagem a vácuo, independente da temperatura, proporcionaram as menores médias. O local de armazenagem não foi significativo, enquanto que o tempo foi relevante para todas as avaliações das sementes de milho, provocando redução da viabilidade. No sexto mês observou-se um aumento do gênero Penicillium nas sementes armazenadas em refrigeração. Os resultados deste experimento sugerem que o congelamento de sementes a -18ºC em embalagens PET, com diferentes tempos de exposição que vão variar de acordo com cada espécie, pode promover um aumento no vigor das sementes e possível manutenção da viabilidade e sanidade durante a armazenagem.