Sistema silvipastoril com Braquiária decumbens em pecuária de leite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fernandes, Priscila Beligoli lattes
Orientador(a): Carvalho, Carlos Augusto Brandão de lattes
Banca de defesa: Carvalho, Carlos Augusto Brandão de, Almeida, João Carlos de Carvalho, Malafaia, Pedro Antõnio Muniz, Tomichi, Thierry Ribeiro, Carnevalli, Roberta Aparecida
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17995
Resumo: O estabelecimento de sistemas silvipastoris (SSP) pode ampliar o ciclo de reformas em pastagens, mitigar gases de efeito estufa, além de atenuar os efeitos das condições climáticas extremas para os animais e para a pastagem, influenciando positivamente na capacidade produtiva da área. O presente estudo objetivou avaliar os parâmetros produtivos e estruturais do pasto de Urochloa decumbens, além de estimar a qualidade da forragem, o desempenho e a emissão do metano entérico de novilhas leiteiras mantidas em pastos de braquiária decumbens em sistema silvipastoril, sob lotação contínua durante o verão e outono. Utilizou-se o delineamento em blocos completos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com dois tratamentos e três repetições. Os tratamentos corresponderam ao tipo de sistema avaliado (silvipastoril ou pastoril), e cada repetição consistiu de um piquete de 1,5 ha. Os tratamentos foram mantidos sob lotação contínua durante duas estações do ano (verão e outono) durante os anos de 2011 a 2014. Foram realizadas as seguintes avaliações: medidas da radiação fotossinteticamente ativa, altura (ALT), composição morfológica da massa de forragem, densidade populacional de perfilhos, densidade volumétrica da forragem (DVF), acúmulo e taxa de acúmulo de forragem (AF e TAF), composição bromatológica da forragem, digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), taxa de lotação (TL), consumo de matéria seca (CMS), ganho diário de peso dos animais (GDP) e produção de metano entérico (CH4). As análises de variância foram realizadas por meio do PROC MIXED do SAS®. As médias foram estimadas pelo “LSMEANS” e a comparação feita por meio do “PDIFF” (p≤0,05). O nível médio de sombreamento no SSP foi de 46%. Somente houve efeito de interação entre os tratamentos e as estações do ano (p≤0,05) para as variáveis TAF e teor de lignina da forragem. Houve diferença entre sistemas (p≤0,05) para as características produtivas do pasto (massa de forragem, massa seca de colmos e de material morto), DVF e proteína bruta (PB). A ALT foi similar entre os sistemas (35,2 cm), indicando não haver diferença de manejo do pasto entre estes. Houve efeito de estação do ano (p≤0,05) para as características estruturais do pasto, exceto para DVF (81 kg ha-1 cm-1), com maiores valores de ALT (37,2 cm), PB (10,1 %MS), DIVMS (58,8 %MS), TL (1,5 UA ha-1) e de produção de CH4, e menores de FDA e FDN (33,9 %MS e 68,8 %MS, respectivamente), durante o verão. A massa seca de lâminas foliares (média de 881 kg ha-1 MS), o GDP (média de 0,421 kg novilha-1dia-1) e o CMS (média de 3,12%PC) não variaram (p≥0,05) com os tratamentos e estações do ano. O nível de 46% de sombreamento reduz o acúmulo de forragem da braquiária decumbens. O sistema silvipastoril altera principalmente a composição morfológica do pasto. Já as estações alteram as características nutricionais do pasto, além de acarretarem alterações na emissão de metano entérico de novilhas leiteiras mantidas em pastagem de Urochloa decumbens sob lotação contínua.