Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Ralph Maturano
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Orientador(a): |
Faccini, João Luiz Horácio
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Banca de defesa: |
Monteiro, Caio Márcio de oliveira,
Luz, Hermes Ribeiro,
Luque Alejos, José Luis Fernando,
Onofrio, Valeria Castilho |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9692
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo compreender aspectos ecológicos envolvidos no parasitismo por carrapatos em aves silvestres da Mata Atlântica. No Capítulo I, foram estudados carrapatos de aves Passeriformes, coletados nos anos de 2005 e 2006, provenientes de um fragmento de mata localizado numa propriedade particular (21°37′ S, 43°21′ W), em Coronel Pacheco, Minas Gerais. Neste trabalho foi verificada a ocorrência de Amblyomma nodosum, Amblyomma calcaratum, Amblyomma longirostre e Amblyomma parkeri nos estágios de larva e ninfa e Amblyomma ovale no estágio de larva. Também foi possível verificar que larvas do gênero Amblyomma são mais abundantes nas aves durante a estação seca do que na estação chuvosa, conforme observado pelos índices de prevalência e intensidade média entre as famílias de aves, coincidindo com o menor grau de agregação dos carrapatos na estação seca, segundo índice de discrepância (D). As famílias de aves com maiores intensidades de parasitismo foram Thraupidae (16.51 ± 31.4), Furnariidae (22.3 ± 23.4) e Thamnophilidae (10.1 ± 14), quando consideradas ambas as estações. Quanto aos dados ecológicos e morfológicos das aves, foram verificadas maiores intensidades para aquelas onívoras e de sub-bosque e com maiores pesos e comprimentos. No Capítulo II, foram compilados os relatos de carrapatos do gênero Amblyomma que ocorrem em aves silvestres da Mata Atlântica no Brasil. Com esses relatos, foi montado banco de dados sobre ecologia e morfologia das aves para verificar a possível associação destas variáveis com o parasitismo por carrapatos. Ao todo, nove espécies de carrapatos já foram relatadas em aves deste bioma, com destaque para A. longirostre, A. nodosum, Amblyomma aureolatum, A. calcaratum e A. parkeri nas fases imaturas. As famílias de aves Thraupidae, Thamnophilidae, Pipridae e Furnariidae são as com os maiores números de ocorrências, respectivamente. A. longirostre é a espécie com maior espectro de parasitismo sobre as famílias de aves, ocorrendo principalmente nas famílias Thraupidae, Thamnophilidae, Pipridae, Rhynchocyclidae, Dendrocolaptidae e Turdidae. As principais famílias de aves parasitadas por A. nodosum são Thamnophilidae, Thraupidae e Conopophagidae. Para A. calcaratum, foi verificada maior ocorrência em aves das famílias Thraupidae, Thamnophilidae e Conopophagidae, enquanto para A. aureolatum a prevalência entre as famílias de aves se manteve homogeneamente distribuída. Quando considerados os hábitos ecológicos, foi verificado que aves insetívoras estão associadas com parasitismo destas espécies de carrapatos. Apenas para A. nodosum, não foi observada associação com aves frugívoras. As espécies A. nodosum e A. calcaratum estão associados com aves que frequentam interior de mata, enquanto aquelas espécies de aves que frequentam borda de mata estão associadas com todas as espécies citadas. De maneira geral, foi observada associação entre aves pequenas (até 40 g e 40 cm) e as espécies de carrapatos citadas. Foi possível concluir que o local, onde aves silvestres e hospedeiros das fases adultas de carrapatos compartilham é fator importante para a ocorrência de parasitismo. Palavras-chave: aves silvestres, carrapatos, |