Sistemas agroflorestais com guanandi (Calophyllum brasiliense) em terraço e várzea no Vale do Paraíba do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Devide, Antonio Carlos Pries lattes
Orientador(a): Ribeiro, Raul de Lucena Duarte
Banca de defesa: Ribeiro, Raul de Lucena Duarte, Pereira, Marcos Gervásio, Almeida, Dejair Lopes de, Guerra, José Guilherme Marinho, Oliveira, Rogério Ribeiro
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10032
Resumo: O estudo foi realizado na Fazenda Coruputuba, em Pindamonhangaba, SP. Avaliou-se os efeitos no guanandi da diversificação agroflorestal, com experimentos em terraço à várzea em blocos ao acaso com oito repetições, com os tratamentos: Monocultivo de Guanandi; SAF Simples com culturas anuais nas entrelinhas e SAF Biodiverso com as mesmas anuais acrescids de bananeiras, juçara e arbóreas nativas. Cambissolos Flúvicos distróficos ocorrem no terço superior e médio dos terraços e no terço inferior Planossolos Háplicos de melhor fertilidade. Os SAF favoreceram o crescimento do guanandi com incremento da circunferência a altura do solo (CAS) no SAF Simples. O desempenho da mandioca foi similar nos SAF com produção de 7,6 Mg ha-1 de massa fresca aérea (MF) e 6,3 Mg ha-1 de raízes. No SAF Biodiverso o guandu aportou 3,5 Mg ha-1 de massa seca (MS), 1,3 Mg lenha ha-1 e 210 kg grãos ha-1. A araruta em rotação com a mandioca se desacou no SAF Simples com produção de 7,6 Mg de rizomas ha-1 e 15 Mg MF aérea ha-1 e com estiagem produziu 2,5 Mg rizomas ha-1 e 4 Mg MF aérea ha-1, adaptando-se como planta espontânea. No SAF Biodiverso a produção de bananas de 21 Mg ha-1 (25 kg cacho-1) aumentou para 25 Mg ha-1 (30 kg cacho-1), fornecendo 145 Mg ha-1 de resíduos orgânicos ricos em K+. A sobrevivência das arbóreas superou 69% para 11 espécies, e 60% para a juçara no terço médio e inferior, com destaque no crescimento das arbóreas mamica-de-porca, pau-viola e capixingui, com maior frequência de podas em anjico-preto, mamica-de-porca, aroeira, urucum e capixingui obtendo-se 5,2 Mg MF ha-1. O SAF melhorou a fertilidade dos solos e reduziu a vegetação espontânea. Na várzea Planossolo Háplico, Cambissolos Flúvico, Argissolo Amarelo e Gleissolo Háplico são distróficos. A artemísia declínou no primeiro ano e em rotação, o taro produziu 15,17 Mg ha-1 de rizomas no SAF Simples; declinando na seca do segundo ciclo, obtendo-se 13,5 Mg ha-1 de MS de resíduos orgânicos da flemíngia com intervalo de corte de 12 semanas no SAF Simples. No SAF Biodiverso a bananeira produziu 10,8 Mg ha-1 de cachos em colheita tardia e 20 Mg ha-1 de MF de resíduos de pseudocaule ricos em K+. A sobrevivência da sesbânia foi de 66% e de 69% para 12 espécies florestais destaque urucum, ipê-rosa, ingá-do-brejo, imbirussú, pinha-do-brejo, pau-viola, aroeira e anjico-preto, com 77% de sobrevivência da juçara nas entrelinhas do guanandi. A poda das arbóreas gerou 7,6 Mg ha-1 MS de folhas e lenha (2,8 Mg ha-1 MF) sendo 70% do material de sesbânia e aroeira. Guapuruvú, pau-viola, aroeira, ingá-do-brejo e ipê rosa apresentaram as maiores alturas. Os SAF favoreceram o crescimento do guanandi que atingiu 533 cm de altura na várzea. O SAF Simples baseou-se no manejo intensivo de culturas anuais nas entrelinhas do guanandi, que revelou a menor amplitude dos componentes de crescimento no SAF Biodiverso. Esse sistema forneceu diversidade de produtos regenerando o ambiente. Obteve-se um índice de sustentabilidade elevado de 0,79 com o sistema APOIA-NovoRural.