Financiamento do desenvolvimento: teoria, experiência coreana (1950-80) e reflexões comparativas ao caso brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Castro, Lavinia Barros de lattes
Orientador(a): Dymski, Gary Arthur lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9496
Resumo: O objetivo desta tese é analisar o processo de financiamento do desenvolvimento em duas experiências de industrialização tardia. A hipótese central deste estudo é que as estruturas financeiras da Coréia e do Brasil desempenharam um papel fundamental na transformação de economias de base agrícola para economias de base industrial, ao longo do período 1950-80. Diversas comparações já foram feitas entre o desenvolvimento industrial brasileiro e coreano, enfatizando o processo de catch up. Poucas análises, porém, enfatizam e comparam a evolução dos sistemas financeiros. Além disso, a maioria dos estudos financeiros comparativos são estáticos, sem uma perspectiva histórico-institucional. São, por isso, desprovidos do insight Gershenkroniano que nos alerta que uma estrutura financeira baseada em mercado de capitais é comum em países que se industrializaram precocemente, como a Inglaterra e os EUA. Alternativamente, estruturas baseadas no crédito bancário privado ou estatal são uma conseqüência do atraso (lateness); uma resposta adaptativa à escassez de recursos de capital. Esta tese é organizada em quarto artigos, independentes entre si. O primeiro artigo é uma revisão da literatura sobre o financiamento do desenvolvimento. O segundo examina o desenvolvimento econômico e financeiro da Coréia durante o período 1950-80. O terceiro é um ensaio mais curto, onde apresentamos um modelo econométrico de painel, cruzando dados de crédito bancário setorial com dados de produção industrial coreana nos anos 1950 e 1960. Por fim, o quarto artigo compara os processos de desenvolvimento coreano e brasileiro numa perspectiva ampla, ressaltando as alternativas institucionais para o financiamento do desenvolvimento (1950-80). Juntos, os artigos formam um conjunto que discute as necessidades e desafios para o financiamento do investimento em países emergentes, utilizando duas experiências de industrialização tardia.