Morfologia de ovos, larvas e adultos de Paratanaisia bragai (Santos, 1934) Freitas, 1959 (Digenea, Eucotylidae) e histopatologia do rim de Columba livia (Gm.) infectado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Xavier, Vanessa Barreto lattes
Orientador(a): Silva, Jairo Pinheiro da
Banca de defesa: Silva, Jairo Pinheiro da, Silva, Clélia Christina Correa de Mello, Maldonado Júnior, Arnaldo, Sato, Marília de Carvalho Brasil, Santos, Claudia Portes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9708
Resumo: Paratanaisia bragai é um digenético que atinge a maturidade sexual nos ductos coletores de aves domésticas e silvestres, e para o desenvolvimento larval utiliza o molusco Subulina octona ou Leptinaria unilamellata. Os ovos embrionados são liberados com os produtos de excreção do hospedeiro definitivo e a infecção no molusco se estabelece pela ingestão destes. Após a eclosão do miracídio, desenvolvem-se no interior do molusco duas gerações de esporocistos, cercárias e metacercárias. O hospedeiro definitivo adquire a infecção por ingestão do molusco parasitado. O presente estudo teve como objetivos: verificar a ação do parasito sobre o rim de pombos, Columba livia, através da análise histopatológica bem como analisar a morfometria, morfologia e ultraestrutura utilizando a microscopia de luz, eletrônica de varredura e transmissão do ovo, estágios larvais (miracídio, cercária e metacercária) e helminto adulto de P. bragai. Pombos adultos foram obtidos próximos a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro S.A, Irajá, Município Rio de Janeiro. Após exame coproparasitológico, no laboratório, para verificação da infecção, os pombos infectados foram necropsiados para a coleta dos helmintos e do rim infectado. Os pombos não infectados foram utilizados como grupo controle. Os protocolos experimentais foram aprovados pela comissão de ética na pesquisa da UFRRJ. A análise histopatológica revelou dilatação dos túbulos renais, processo inflamatório com células mononucleadas, formação de estrutura papiliforme projetando-se para a luz tubular e metaplasia do epitélio da parede do túbulo coletor, de epitélio cúbico simples nos túbulos não infectados a pseudroestratificado nos rins infectados com P. bragai. Os ovos são elípticos, com opérculo na extremidade anterior e nó na extremidade posterior, região abopercular. A casca apresenta-se áspera e composta por três camadas: interna, média e externa de espessuras e eletrondensidades diferentes. O miracídio é alongado, com terebratorium na extremidade anterior e corpo coberto por cílios. As cercárias apresentam corpo cilíndrico que se afunila ligeiramente na região posterior. O tegumento é rugoso, a ventosa oral é subterminal, o acetábulo destaca-se no terço médio do corpo. Papilas foram verificadas ao redor da ventosa oral. Uma estrutura semelhante à cauda rudimentar foi observada em algumas cercárias. Nas metacercárias observadas através de cortes histológicos visualizou-se a ventosa oral, o acetábulo, as escamas e cisto composto por três camadas, interna, média e externa, de espessuras diferentes. A presença das camadas foi confirmada na visualização dos cortes histológicos das metacercárias na microscopia eletrônica de varredura. O parasito adulto tem corpo alongado e achatado com ventosa oral, faringe, glândulas vitelogênicas extracecais que se prolongam anteriormente até a região de bifurcação cecal e posteriormente a região mediana do corpo. No poro genital visualiza-se uma estrutura evertida que é o cirro em formato de roseta. No estágio adulto o tegumento é coberto por escamas de vários tipos; escamas simples, bífidas, trífidas, com quatro, cinco e sete divisões, característica que pode contribuir para ratificar a classificação taxonômica do parasito.