Sobre Rancière e Ibsen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Chaves, Ana Carolina Calenzo lattes
Orientador(a): Ramos, Pedro Hussak van Velthen lattes
Banca de defesa: Ramos, Pedro Hussak van Velthen lattes, Costa, Admar Almeida da lattes, Ribeiro, Martha de Mello lattes, Cachopo, João Pedro de Bastos Gonçalves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13502
Resumo: Essa dissertação figura seus contornos mediante a análise da palavra dramática, presente nos textos das últimas peças do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, tendo em vista os pressupostos teóricos da filosofia de Jacques Rancière. Para tanto, discute as conexões entre a estética e a política a partir da questão de como a tomada da palavra compõe uma determinada configuração da experiência, que relaciona operações de composição de um comum ao mesmo tempo dividido mediante o vínculo entre impressões e esquemas de inteligibilidade. Nesse sentido, buscou-se compreender o conceito de palavra muda no âmbito daquilo que Rancière chama de partilha do sensível. Por fim, foi feita uma análise da textura dramática das peças de Ibsen mediante a constatação da presença da coexistência dos contrários, dos desentendimentos e aberturas que costuram o dentro e fora do texto produzido pelo autor, características próprias ao regime estético da arte. Tendo em vista o questionamento da ordem policial vislumbrado no tecido das peças de Ibsen e o fato de que a palavra muda é problematizada por Rancière, em seu livro O inconsciente estético, por meio da análise da peça A dama do mar, o lugar da “mulher” e do “feminino” foi analisado mais extensamente. Nesse processo, a filosofia de Rancière mostrou-se de grande utilidade na medida em que seu arcabouço teórico converge, tal qual a obra ibseniana, para a afirmação da necessidade da ação política em prol da construção de uma comunidade em que diferentes formas de organização da experiência sensível sejam vislumbradas como possíveis