Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Fernanda Reis
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Orientador(a): |
Anjos, Lúcia Helena Cunha dos
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Banca de defesa: |
Anjos, Lúcia Helena Cunha dos,
Teixeira, Wenceslau Geraldes,
Campos, Milton César Costa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10591
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Resumo: |
Na região Amazônica, solos conhecidos como Terra Preta de Índio (TPI) apresentam como características marcantes cores escuras e elevada fertilidade natural. Esses solos resultam da intervenção pré-histórica de culturas pré-Colombianas, que em sua ocupação adicionaram ao solo artefatos cerâmicos e líticos, restos de carvão, de alimentos e ossos. Ao longo dos anos, essas deposições levaram ao desenvolvimento de características diferenciadas em relação aos solos não antrópicos amazônicos, como os altos valores de pH (H2O), cálcio, magnésio, fósforo e estoques de carbono; conferindo elevada capacidade de troca de cátions e saturação de bases aos espessos horizontes A. Essas características somadas à alta estabilidade e reatividade da matéria orgânica induzem a elevada fertilidade das TPI, despertando o interesse de cientistas do solo para os estudos de atributos morfológicos, físicos e químicos. As TPI têm horizonte diagnóstico superficial definido como A antrópico pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS, SANTOS et al., 2018). No sistema internacional de classificação de solos World Reference Base for Soil Resource (IUSS WORKING GROUP WRB, 2014) as TPI são conhecidas como Amazonian Dark Earth (ADE) e identificadas pelo Pretic horizon, como diagnóstico superficial. Porém, os critérios quantitativos atuais para o horizonte A antrópico do SiBCS e o Pretic do WRB, não permitiram classificar 50% dos perfis identificados como TPI em estudos na região amazônica e compilados para esse trabalho. Ainda, as unidades em que alguns atributos químicos do solo são expressos, nesses trabalhos, possuem inconsistências, devido à adoção de distintos métodos de laboratório para tomar a amostra. As diferentes unidades podem influenciar em decisões sobre limites de critérios quantitativos, principalmente para os teores de fósforo e cálcio mais magnésio, mas não foram encontrados na literatura fatores que permitissem a conversão dessas unidades. Logo, inicialmente, foram desenvolvidas funções de pedotransferência (PTF) para essa conversão e assim harmonizar dados das análises químicas, ajustando as unidades usadas nos trabalhos compilados. A PTF com maior precisão, isto é, com o menor RSE (0,092 g cm-3), foi a que utiliza o teor de areia total para predizer a densidade da terra fina, essencial para a conversão dos dados. Posteriormente, os dados foram avaliados e propostos critérios taxonômicos quantitativos para os horizontes A antrópico do SiBCS e o pretic horizon do WRB. Com a reclassificação dos solos segundo os critérios propostos, 84% dos perfis foram incluídos como A antrópico (SiBCS) e também Pretic horizon no WRB, sendo que, com os novos critérios, 81% dos perfis passam a se enquadrar no grupo dos Anthrosols. Outro aspecto citado na literatura sobre as TPIs é sua elevada susceptibilidade magnética (SM), que está relacionada às alterações na estrutura do mineral do solo causadas pelo aquecimento quando do uso de fogo (queima, fogueiras) por ocupações humanas. A SM pode ser determinada com sensores proximais, resultando em outra forma de identificação de sítios de ocupação humana pré-histórica. Assim, em estudo preliminar no Campo Experimental de Pesquisa do Caldeirão, município de Iranduba (AM), foi avaliada a SM de amostras de camadas de solo identificadas como antrópicas e não antrópicas. A classificação das amostras seguiu o critério vigente do WRB para o Pretic horizon. Nas amostras antrópicas, os valores de SM foram maiores e houve correlação positiva e elevada entre a SM e teores de P e Zn, diferentemente das amostras não antrópicas. |