Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, César Rafael Marins
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Orientador(a): |
Olivares, Emerson Lopes
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Banca de defesa: |
Olivares, Emerson Lopes,
Côrtes, Wellington da Silva,
Souza, Luciane Claudia Barcellos dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11395
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Resumo: |
O aumento dos níveis de espécies reativas do oxigênio e o déficit de antioxidantes observados após infarto do miocárdio estão diretamente envolvidos nas mudanças estruturais e funcionais que ocorrem durante o desenvolvimento e progressão do remodelamento cardíaco. Embora estudos prévios tenham demonstrado efeito cardioprotetor na atenuação da lesão tecidual em modelos experimentais de infarto do miocárdio (IM) pela administração de antioxidantes, não são claras as evidências sobre os benefícios do tratamento em longo prazo com substâncias antioxidantes sobre a evolução fisiopatológica do IM tanto em modelos experimentais quanto em pacientes infartados. Atualmente a N-acetilcisteína (NAC) é utilizada terapeuticamente em vários ramos da medicina, pois apresenta algumas características interessantes do ponto de vista farmacoterapêutico. Este estudo teve como objetivo avaliar o papel do tratamento com NAC, durante 28 dias, sobre a função cardíaca, modulação autonômica e estresse oxidativo no IM experimental. Adicionalmente, investigou-se a expressão do fator de crescimento neuronal (NGF) na mediação do aumento da resposta autonômica simpática pós-infarto, bem como, o possível efeito da NAC na modulação desta resposta. A amostra foi composta por ratos Wistar (fêmeas) que foram infartados (IM) ou falso operados (SH), tratados com salina (SAL) ou N-acetilcisteína (NAC) por gavagem (250 mg/Kg/dia). Os animais foram atribuídos em grupos: SHAM-SAL, SHAM-NAC, IM-SAL e IM-NAC, N=10/grupo. Os tratamentos iniciaram-se 24 horas após a cirurgia. Após 28 dias de tratamento os animais foram submetidos a avaliação eletrocardiográfica e ecocardiográfica (ECO) seguida pela eutanásia para a coleta dos tecidos. O procedimento estatístico utilizado foi a two-way ANOVA com post hoc de Tukey e significância definida em P < 0,05. O IM-SAL teve aumento dos pesos relativos do coração e pulmão comparado a IM-NAC (P<0,05). Houve diminuição da geração de H2O2 e aumento da atividade da glutationa peroxidase e na quantidade de grupamento TIOL no IM-NAC comparado a IM-SAL (P<0,05). As análises de ECO mostraram aumento da espessura relativa da parede posterior do ventrículo esquerdo no IM-NAC comparado ao IM-SAL (P<0,01), e aumento dos diâmetros internos da relação do átrio esquerdo e aorta no IM-SAL comparado a IM-NAC (P<0,05). Houve melhora da fração de ejeção no IM-NAC comparado a IM-SAL (P<0,05). Os resultados da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) no domínio do tempo mostraram aumento da frequência cardíaca no IM-SAL e diminuição da raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR consecutivos (RMSSD) ao comparar com IM-NAC (P<0,01). A análise do domínio da frequência da VFC, foi observado aumento do componente de baixa frequência (U.N), diminuição do componente de alta frequência (U.N) e aumento da razão BF/AF no IM-SAL comparado a IM-NAC (P<0,01). A análise da expressão de NGF mostrou aumento no IM-SAL em relação a IM-NAC. O tratamento de ratas infartadas durante 28 dias com N-acetilcisteína foi efetivo em evitar a dilatação da câmara ventricular esquerda mostrando um padrão adaptativo, melhorando a função cardíaca, atenuando o processo congestivo, melhorando o perfil redox e induzindo a uma modulação autonômica mais favorável, pelo menos em parte pela redução da expressão de NGF. |