Epífitas vasculares nas trilhas da Reserva Ecológica de Guapiaçu, Cachoeiras de Macacu, RJ: estrutura da comunidade e guia de campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Murakami, Mariana Moreira da Silva lattes
Orientador(a): Freitas, André Felippe Nunes de
Banca de defesa: Freitas, André Felippe Nunes de, Siqueira, Andréa Espínola de, Darbilly, Thereza Christina da Rocha Pessôa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15638
Resumo: O componente epifítico vascular destaca-se por sua riqueza de espécies e capacidade de contribuir para o aumento da biodiversidade das formações florestais onde ocorre. Dentre os 35 hotspots mundiais de biodiversidade, 13 coincidem com centros preferenciais de ocorrência de epífitas vasculares, incluindo a Floresta Atlântica Brasileira. Apesar disso, por possuir adaptações específicas para a ocupação do dossel, o grupo é particularmente sensível às alterações de habitat e mudanças de uso da terra. A Reserva Ecológica de Guapiaçu – REGUA (S22 27 14.8608, W42 46 12.9678) (INEA/RJ/PRES nº 477 de 31/jul./2013), Cachoeiras de Macacu, RJ, Brasil, apesar de inserida numa região de Mata Atlântica Submontana, apresenta áreas em diferentes estados de conservação que podem levar a diferentes configurações da comunidade vegetal. Este trabalho realizou um levantamento da flora epifítica vascular encontrada em trechos das três principais trilhas de visitação da Reserva, em diferentes estágios de regeneração, bem como em árvores antigas (relictuais) encontradas ao longo destas trilhas. Em cada trecho de trilha foi amostrada uma parcela regular, composta por 30 árvores com CAP > 30cm e pelo menos 25 metros distantes entre si e mais 10 árvores relictuais. As epífitas vasculares encontradas foram coletadas quando possível, além de fotografadas e os dados relativos à florística, classificação ecológica, dispersão, polinização, status de conservação das espécies foram amostrados, sistematizados e analisados. A partir da análise dos dados, pôde-se concluir a dominância que determinadas espécies mais generalistas exercem em ambientes modificados. Foram registradas 57 espécies de epífitas vasculares, com as famílias Bromeliaceae, Polypodiaceae e Orchidaceae sendo as mais representativas. Os gêneros com maior riqueza de espécies foram Pleopeltis, Tillandsia e Vriesea. A categoria ecológica de maior representatividade foi a de epífitas facultativas. A entomofilia foi a principal síndrome de polinização e a anemocoria, a principal síndrome de dispersão encontrada. No que diz respeito à conservação, uma espécie é classificada como quase ameaçada e outra apresenta estado vulnerável, no entanto, a maioria das espécies consta como não avaliada. As espécies mais abundantes e frequentes neste levantamento, assim como aquelas dotadas de inflorescências vistosas e/ou esteticamente interessantes foram fotografadas e compiladas num guia de campo sobre as epífitas locais, voltado para o público em geral. Há uma seção introdutória, com informações sobre os principais grupos vegetais, a sinúsia epifítica e iniciativas de ciência cidadã. Para compor o guia, foram selecionadas informações pertinentes a cada uma das espécies, como distribuição no Brasil, breves descrições morfológicas, além de eventuais curiosidades.