Explorando as representações sociais da “dependência química”: estigma e exclusão social entre estudantes de graduação de Psicologia e profissionais da área

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cotrim, Carina Santos Borges lattes
Orientador(a): Naiff, Luciene Alves Miguez lattes
Banca de defesa: Naiff, Luciene Alves Miguez, Uhr, Débora, Ditz, Victor dos Santos Freitas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20242
Resumo: O uso de substâncias psicoativas está profundamente entrelaçado com a história da humanidade, contudo, a chamada "dependência química" emerge como um fenômeno contemporâneo, resultando em estigmatização e exclusão social. Este estudo buscou compreender, por meio da análise das representações sociais, como esses processos influenciam a percepção da sociedade em relação à dependência química e seu impacto nos indivíduos afetados. O objetivo da pesquisa foi identificar as representações sociais sobre a “dependência química” entre profissionais de saúde e estudantes de psicologia, visando entender como essas representações afetam a percepção e interpretação social do fenômeno. A Teoria das Representações Sociais de Moscovici foi utilizada como base teórica para investigar o pensamento socialmente compartilhado sobre o tema, enquanto a Teoria do Núcleo Central ajudou a explorar a estrutura dessas representações. A pesquisa contou com 110 participantes divididos em dois grupos: estudantes de graduação e profissionais atuantes no mercado. Para a coleta de dados, foram utilizados questionários estruturados via Google Forms com perguntas fechadas e tarefas de evocação livre, utilizando o termo indutor “dependência química” para o grupo de estudantes, e entrevistas por vídeo chamada para o grupo de profissionais. A análise dos dados seguiu a metodologia da Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados revelaram que, tanto entre estudantes quanto entre profissionais, ainda existem representações que reproduzem estigmas em muitos casos. Os desafios mais mencionados incluíram a falta de preparação acadêmica, o desgaste emocional dos profissionais e o estigma social, apontando para a necessidade de reformulação tanto nos currículos quanto nas condições de trabalho, demonstrando que a formação atual está desconectada das exigências práticas e que os currículos poderiam ser reformulados para atender a essa demanda crescente.