Romance entre uma concepção inclusiva e um currículo (que deveria ser) integrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Meirivam Batista de lattes
Orientador(a): Cupolillo, Amparo Villa lattes
Banca de defesa: Valle, Maria Teresa Esteban do, Carvalho, Carlos Roberto de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12336
Resumo: Fruto do desejo de que o Currículo Escolar seja porta de inclusão para o maior número possível de estudantes, este trabalho intentou compreender as concepções de integração curricular dos atores da educação: professores, gestores e demais servidores do IFNMG/Campus Salinas. Para tanto, buscamos fundamentação nas teorias curriculares de autores como Silva (2009), Macedo (2009), Sacristán (2007, 2008), principalmente, destacando o peso de contextos e influências históricas sobre o Currículo e a Educação Profissional. Neste intuito colocamos tais concepções em diálogo com as práticas curriculares de nossos professores, imersos na complexa realidade social e escolar, tal como pressupõem (Morin, 2009). Em termos filosóficos fizemos uso da concepção de trabalho dada por Hanna Arendt (2010) para construir uma concepção de Currículo Integrado que articulasse trabalho e estudo, teoria e prática, o que a nosso ver o faria mais útil e significativo e por isso, verdadeiramente integrado. Como principal estratégia de pesquisa, buscamos observar a vivência e convivência destes atores nos espaços escolares, entendidos como redes encharcadas de diversidade (FERRAÇO, 2003). Sob tal concepção epistemológica, a da pesquisa com os cotidianos, procuramos compreender as supostas amarras conceituais da educação sob as quais são fragilizados os atos de currículo, como também a resistência de seus atores a tais forças. Tal opção ainda se deu como uma transição conceitual, distanciando-se das verdades absolutas do cientificismo, enquanto se deslumbra a possibilidade de reconstrução conceitual e reinvenção didática constantes, o que nos pareceu mais adequado para as pesquisas educacionais. (ALVES, 2001). Por isso, para tal estudo fizemos uso de instrumentos como questionários e entrevistas, ao mesmo tempo em que os aproximávamos das informações e pistas colhidas e acolhidas por meio de observações, relatos e conversas informais, oportunizadas por ocasião de visitas aos setores do IFNMG/Campus Salinas. Nestas oportunidades, elencamos concepções e experiências de integração curricular que destacam, ao mesmo tempo, a absorção de concepções clássicas sobre o currículo, como também, a resistência dos atores educacionais ao elaborar novas ações e alternativas de ensinoaprendizagem. De nossa observação foi possível perceber importantes estratégias de ensino, criadas pelos atores educacionais, como também a necessidade de espaçostempos de estudo, reflexão e orientação pedagógica sobre o tema e seus desdobramentos, a saber, gestão, participação na vida escolar, democracia, inclusão e diversidade, a serem amplamente discutidos sob a expectativa de uma educação emancipatória. Por meio dos questionários e entrevistas, intentamos conhecer as concepções, práticas e alternativas de integração curricular, predominantes entre docentes, gestores e demais servidores, envolvidos direta ou indiretamente, no processo de ensino do referido campus. Por fim, aproximando tais informações às considerações de estudiosos e pesquisadores do tema da integração curricular a exemplo do autor Jurjo Torres Santomé (1998), buscamos configurar uma concepção de integração curricular, enquanto identidade dos atores e instituição pesquisados, incluídas suas necessidades, perspectivas e expectativas.