Levantamento arbóreo viário da zona central do município de Valença, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cunha, Vagner Luiz Cardoso de Medeiros lattes
Orientador(a): Magalhães, Luís Mauro Sampaio lattes
Banca de defesa: Magalhães, Luís Mauro Sampaio, Mendonça, Bruno Araujo Furtado de, Freitas, Welington Kiffer de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15695
Resumo: Este trabalho teve como objetivo quantificar e qualificar a arborização viária da zona central de Valença, Rio de Janeiro, com o intuito de conhecer o patrimônio arbóreo, identificar os conflitos existentes e as necessidades de manejo. Foi realizado censo arbóreo da área estudada totalizando 1,6 km2 onde foi verificada a composição florística das espécies e analisado parâmetros fitossociológicos. A característica predominante das ruas estudadas foi residencial (67%) com transito leve (65,3%), ruas estreitas (75,25%) e calçadas com larguras inferiores a 2,0 m (65,35%). Foram identificados 302 indivíduos arbóreos distribuídos em 55 espécies, 52 gêneros, 30 famílias botânicas e quatro indivíduos mortos. Entre as espécies encontradas, os maiores destaques em termos de freqüência foram Bauhinia variegata L. (pata-de-vaca) com 74 indivíduos (24,51%), seguido por Licania tomentosa (Benth.) Fritsch (oiti) com 48 indivíduos (15,89%), Ligustrum lucidum W. T. Aiton (ligustro) com 21 (6,96%), e Lagerstroemia indica L. (extremosa) com 16 (5,31%) que juntas correspondem a pouco mais da metade (52,67%) das espécies encontradas. Os outros 47,33% estão divididos em 51 espécies diferentes. As cinco famílias com maior ocorrência por indivíduos foram Fabaceae com 36,42% (110), Chrysobalanaceae com 15,89% (48), Bignoniaceae com 7,28% (22), Oleaceae com 6,95% (21), Lythraceae com 5,30% (16), que juntas correspondem a 71,84% das famílias encontradas. As famílias botânicas mais representativas por número de espécies foram Fabaceae com 27,27% (15), Bignoniaceae 9,09% (5), Myrtaceae e Moraceae com 5,45% (3) cada uma. Fabaceae com 14 gêneros (26,92%) apresentou expressivo valor sobre as outras duas maiores famílias: Bignoniaceae com quatro gêneros (7,69 %), e Myrtaceae com três gêneros (5,77%). Os resultados demonstraram o predomínio de indivíduos exóticos ao Brasil com 68% (206). As duas espécies nativas do Brasil mais representativas por indivíduo foram Licania tomentosa e Poincianella pluviosa (DC.) L.P. Queiroz com 48 (15,89%) e 11 (3,64%) indivíduos. Os parâmetros fitossociológicos apontararam que as cinco espécies mais representativas por valor de importância (VI) são Bauhinia variegata, Licania tomentosa, Ligustrum lucidum, Poincianella pluviosa, Terminalia catappa L. (amendoeira), que juntas correspondem a 46,46% do VI% das espécies. A altura das espécies inferiores a 6 m foram predominantes com 75,50% (228) e os diâmetros (DAP) até 10 cm foram às classes mais representativas com 29,14% (88), seguido da classe de 10-20 cm com 27,81% (84). Os conflitos com a fiação se destacaram dos demais, onde 45,03% dos indivíduos arbóreos apresentaram conflito com a fiação telefônica, e 38,08% apresentaram conflito com a fiação elétrica, e os inúmeros conflitos levantados evidenciam a constante necessidade de um correto manejo das espécies estudadas. A grande presença de espécies exóticas merece atenção e necessidade de melhorar a distribuição de indivíduos arbóreos, visando à diversificação de espécies nativas. As informações obtidas no presente estudo é uma valiosa ferramenta para subsidiar ações de planejamento e manejo da arborização em Valença-RJ.