Identificação molecular de coccídios de aves silvestres: aplicabilidade de algumas regiões gênicas mitocondriais na diferenciação de espécies e análise filogenética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mello, Ericson Ramos de lattes
Orientador(a): Berto, Bruno Pereira lattes
Banca de defesa: Berto, Bruno Pereira lattes, Oliveira, Mariana de Souza lattes, Santos-Clapp, Michelle Daniele dos lattes, Cardozo, Sergian Vianna lattes, Dias, Lúcio André Viana lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
COI
18S
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18513
Resumo: Os coccídios são protozoários intracelulares obrigatórios que infectam a maioria dos invertebrados, todas as classes dos vertebrados, incluindo os animais domésticos, silvestres e seres humanos. Apresentam ciclos de vida intestinais, embora sejam observados, em algumas espécies, estágios de vida extra-intestinais. São geralmente identificados a partir de amostras fecais. O Brasil apresenta uma diversa avifauna representada atualmente por 1.971 espécies de diferentes ordens, dentre as quais destacam-se os Passeriformes, ordem mais representativa que é frequentemente positiva para diferentes espécies de coccídios parasitas, principalmente dos gêneros Isospora Schneider, 1881 e Eimeria Schneider, 1875. O estudo das interações entre esses parasitos e hospedeiros nos permite entender diversos processos ecológicos, evolutivos e comportamentais, incluindo seleção sexual, sucesso reprodutivo, migração, competitividade, dentre outras. Atualmente, existem diversas técnicas e metodologias que podem ser aplicadas para identificação de uma espécie coccidiana além da análise morfológica, desde a confirmação da suscetibilidade do hospedeiro, determinação da densidade parasitária, grau de patogenicidade e identificação de diferenças inter e intra-específicas que fornecem ajustes taxonômicos relevantes. Finalmente, o advento da Biologia Molecular, prática reconhecida e estabelecida, principalmente no estudo de parasitas coccidianos dos animais de produção, oferece informações complementares as de microscopia e métodos imunológicos, por exemplo, pois o sequenciamento do DNA do microrganismo, serve como estudo adicional para a taxonomia e filogenia. Baseando-se nestes fatos, este trabalho, nos capítulos I, II, III e IV teve por objetivos, identificar geneticamente coccídios parasitas de aves silvestres capturadas em regiões de Mata Atlântica do Sudeste brasileiro, demonstrando o isolamento de oocistos de coccídios de amostras fecais de aves silvestres, com posterior extração de DNA a fim de amplificar e sequenciar diferentes regiões gênicas dos genes cox1, cox3 e fragmentos da subunidade pequena e grande do rDNA do DNA mitocondrial, avaliando a aplicabilidade destas novas sequências na diferenciação de espécies e estudos filogenéticos.