Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Correia, Carolina de Albuquerque
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Orientador(a): |
Lima, Debora Decote Ricardo de
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Banca de defesa: |
Lima, Debora Decote Ricardo de
,
Nascimento, Danielle de Oliveira
,
Fonseca, Leonardo Marques da
,
Silva, Lucia Helena Pinto da
,
Guedes, Herbert Leonel de Matos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11805
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Resumo: |
A inflamação é uma reação fisiológica do organismo a um agente agressor e pode ser desencadeada por uma infecção e/ou por uma injúria. A fase aguda desse processo é uma resposta rápida e ocorre nos primeiros minutos e horas após o reconhecimento do patógeno. Sua resolução geralmente resulta na eliminação dos agentes infecciosos e reparo da arquitetura e função normais dos tecidos. A fase crônica se instaura quando as tentativas de restabelecimento da homeostase não são bem-sucedidas. Muitas vezes, apenas a ação dos fagócitos é suficiente para conter a inflamação, entretanto, se o estímulo nocivo perdurar, outros agentes do sistema imunológico são acionados, configurando a inflamação dentro da resposta adaptativa. As células dendríticas fazem a ligação entre a resposta imune inata e a adaptativa, pois são especializadas em processar e expor fragmentos dos antígenos para os linfócitos T. Esses, por sua vez, auxiliam na ativação de linfócitos B, que são células capazes de produzir e secretar anticorpos e formar células de memória. Os linfócitos B-1 constituem uma subpopulação de linfócitos B e têm como características a produção de anticorpos naturais, apresentação de antígenos aos linfócitos T e a liberação de várias citocinas, dentre elas a citocina anti-inflamatória IL-10. Assim, eles têm o potencial de modular a resposta inflamatória. Neste trabalho, nós avaliamos a dinâmica populacional dos leucócitos no sangue e na cavidade peritoneal de camundongos BALB/c e XID durante a resposta inflamatória aguda desencadeada por LPS. Para isso, usamos camundongos XID, cujo peritônio é um ambiente com pouquíssimos linfócitos B-1. Nossos resultados revelaram que os animais XID, espontaneamente, tem um número elevado de neutrófilos no sangue periférico e essa população fica ainda maior após a estimulação com LPS. Concomitantemente, altos níveis de IL-6 foram detectados. Além disso, a cavidade peritoneal desses animais também tem quantidade maior de neutrófilos, em comparação com camundongos BALB/c. Esse dado não sofre alteração após estimulação em nossas condições experimentais. Nos ensaios com fagócitos, observamos que o número de macrófagos capazes de fagocitar é estatisticamente igual entre BALB/c e XID, mas o número de leveduras internalizadas é menor no grupo XID LPS+IFN-γ. Isso sugere uma maior atividade microbicida dos macrófagos desses camundongos. Esse resultado é corroborado pela dosagem de nitrito no sobrenadante das culturas, na qual os macrófagos XID estimulados produziram mais óxido nítrico que o grupo controle. Nossos resultados, em conjunto, sugerem uma habilidade em desenvolver resposta inflamatória mais intensa nos camundongos XID em comparação com camundongos BALB/c, provavelmente devido a baixa produção da citocina anti-inflamatória IL-10. Logo, nossa análise reporta pela primeira vez que camundongos XID possuem número aumentado na população de neutrófilos no sangue e cavidade peritoneal, quando comparado com BALB/c, indicando a importância dos linfócitos B-1 na modulação da resposta inflamatória e sugerindo que esses possam ser futuros alvos de investigações em estratégias de imunoterapia |