Cultivo orgânico do feijoeiro pelo sistema de plantio direto utilizando milheto e crotalária como cobertura morta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Luiz Cláudio lattes
Orientador(a): Araújo, João Sebastião de Paula lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Raul de Lucena Duarte, Campos, David Vilas Boas de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10453
Resumo: O Brasil é o segundo maior produtor mundial de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.). Na safra 2009-2010 registrou-se área total de 3,4 milhões de ha e produção de 3,2 milhões de toneladas, sendo 70% dessa produção oriunda da agricultura familiar. O plantio de feijão convencional está sujeito a causar diversos danos ambientais, entre eles a contaminação ambiental pelo uso de agrotóxico e a degradação do solo mediante o uso indevido de máquinas agrícolas. Os agricultores da Zona da Mata mineira enfrentam problemas no cultivo do feijoeiro devido a grande ocorrência de mofo-branco e por falta de tecnologias adaptadas ao cultivo em seu relevo irregular. A utilização do plantio direto na agricultura orgânica está relacionado aos diversos benefícios proporcionados, entre eles pode se destacar a proteção do solo contra erosão, o fornecimento de nutrientes às plantas de sucessão através do uso de adubação verde, a supressão de plantas espontâneas e a possibilidade de controle de fitopatógenos presentes no solo. O cultivo de adubos verdes na entressafra, sobretudo de leguminosas e gramíneas, antecedendo a cultura do feijão em semeadura direta, tem sido uma alternativa promissora na suplementação de N, proporcionando aumento de produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do manejo da cobertura morta associado à adição de Trichoderma nas características agronômicas do feijoeiro em áreas infestadas com Sclerotinia sclerotiorum, patógeno causador do mofo-branco. O Experimento foi realizado na cidade de Coimbra, localizada na região da Zona da Mata de Minas Gerais, utilizando um delineamento experimental em parcelas subdivididas com 3 repetições. Os tratamentos consistiram de diferentes arranjos, combinando duas espécies de cobertura, sendo uma leguminosa (crotalária - Crotalaria juncea) e outra gramínea (milheto-Pennisetum americanum sin. tiphoydes). Adicionalmente, foram consideradas parcelas sem cobertura (testemunha). Dessa forma, os tratamentos foram: crotalária solteira; milheto solteiro; crotalária + milheto e sem cobertura. As subparcelas receberam dois diferentes tratamentos, sendo a adição ou não de Trichoderma. Para avaliações, foram observadas a incidência e a severidade do mofo-branco e parâmetros produtivos do feijoeiro. Ao final do experimento observou-se que os diferentes arranjos das plantas de cobertura suprimiram a vegetação espontânea. O uso de Trichoderma não influenciou na severidade e incidência do mofo-branco no feijoeiro. O pré-cultivo de plantas de cobertura não interferiu significamente na ocorrência e na severidade do mofo-branco podendo assim ser utilizado como manejo conservacionista em áreas com ocorrência de Sclerotinea sclerotiorum