Avaliação da genotoxicidade e antigenotoxicidade da astaxantina através do ensaio Cometa em células de mamífero in vitro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ferreira, Micheli de Moraes lattes
Orientador(a): Abrantes, Shirley de Mello Pereira lattes
Banca de defesa: Abrantes, Shirley de Mello Pereira lattes, Azevedo-Meleiro, Cristiane Hess de lattes, Silva, Marco Antonio Mota da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10997
Resumo: A cor e a aparência dos alimentos são os primeiros atributos fundamentais, se não os mais importantes, a serem avaliados pelos consumidores no momento da sua aquisição. Os alimentos podem ser mais nutritivos, seguros e mais econômicos, no entanto, se não forem atraentes, sua aquisição não ocorrerá. O salmão é basicamente um peixe branco que torna-se rosado pela ingestão do camarão. O pigmento vermelho armazenado presente no músculo ou na casca do camarão e que se acumula no tecido adiposo é adquirido através da ingestão das algas e dos organismos unicelulares pelos camarões do mar. Os carotenóides utilizados nas indústrias alimentícia, farmacêutica, de cosméticos e de ração são corantes naturais responsáveis pelas cores amarelas, laranja e vermelha. O salmão criado em aquicultura não tem acesso aos organismos citados acima, entretanto é adicionado à sua ração a astaxantina (ATX), substância que confere uma cor rosada à sua carne. A ATX (3,3'-dihidroxi-beta,betacaroteno-4,4'-diona) é um pigmento carotenóide oxigenado, que confere a característica de coloração rosa-avermelhada de alguns peixes, crustáceos, aves e microrganismos. A ATX apresenta potente atividade na eliminação de radicais livres e na proteção quanto à peroxidação de lipídios e quanto aos danos causados pela oxidação das membranas celulares e de tecidos. Neste trabalho investigamos em células sanguíneas humanas in vitro, a genotoxicidade e o efeito protetor ou antigenotoxicidade de ATX na indução de dano oxidativo ao DNA causado pelo peróxido de hidrogênio (H2O2). A ATX (0,1 a 5 µM) não foi citotóxica em células sanguíneas humanas sendo citotóxica na faixa de 10 a 1000 µM induzindo de 1 a 10% de letalidade celular quando comparado ao controle-solvente dimetilsulfóxido (DMSO 5%). A ATX nos ensaios Cometa realizados não induziu dano ao ADN (p>0,1) em células sanguíneas humanas na faixa testada de 0,1 a 500 µM quando comparado ao DMSO 5%.. O H2O2 (12,5 a 2000 µM) não foi citotóxico não causando letalidade celular em células sanguíneas humanas, porém foi genotóxico (p<0,05) causando dano ao ADN. Em dois ensaios independentemente realizados, o pré-tratamento in vitro das células sanguíneas humanas durante 2h pela ATX (25, 50, 100, 250 e 500 µM) causou redução altamente significativa (p<0,01) do efeito genotóxico causado por 200 e 2000 µM do H2O2 durante 10 min. Através desse estudo demonstramos o efeito protetor da ATX quanto à indução de dano oxidativo ao ADN causado pelo . H2O2 em células sanguíneas humanas in vitro.