Controle termobioquímico do raquitismo da soqueira em mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Lorraine Cristina Henrique lattes
Orientador(a): Reis, Veronica Massena lattes
Banca de defesa: Reis, Veronica Massena, Santos, Leandro de Azevedo, Simões, Jean Luiz, Schultz, Nivaldo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10624
Resumo: Na cultura da cana-de-açúcar, utiliza-se tratamento térmico para controle de uma importante doença, o raquitismo da soqueira, causado pela bactéria patogênica Leifsonia xyli subsp. xyli (Lxx). Para diminuir o inóculo de tal patógeno na produção de mudas pré-brotadas, utiliza-se tratamento térmico dos minitoletes com água a 52°C por 30 min. Todavia, estudos mostraram que tal tratamento apresenta escapes que servem como fonte de inóculo. Dentre os efeitos benéficos das bactérias promotoras de crescimento vegetal (BPC’s), acredita-se que estas podem atuar como supressores de doenças por competir por sítios de colonização, uma vez que tanto bactérias diazotróficas endofíticas como a Lxx podem colonizar vasos do xilema. O objetivo do presente trabalho foi aperfeiçoar o tratamento térmico com a incorporação de um aditivo químico, de forma a reduzir o tempo do tratamento e minimizar perdas de brotação das gemas e juntamente com a inoculação com as BPC’s, melhorar a eficiência no controle da Lxx. Para tal, foram realizados experimentos onde se mediu o índice de velocidade de brotação (IVB), a sobrevivência de bactérias diazotróficas pelo Método do Número Mais Provável (NMP), a contribuição da fixação biológica de N2 pela técnica de redução de acetileno (ARA) e a quantificação do controle da Lxx através da técnica de qPCR usando primers espécie específicos. Os tratamentos avaliados foram: tratamento térmico com água a 52°C por 30"; tratamento térmico em solução de ácido acético 2% a 52ºC; tratamento térmico por 10 min em água 52°C + imersão em solução de ácido acético 2% em temperatura ambiente; sem tratamento térmico ou aditivo (controle); todos com e sem inoculação com a mistura de 5 estirpes/espécies de bactérias (Nitrospirillum amazonense, Herbaspirillum seropedicae, H. rubrisubalbicans, Paraburkholderia tropica e Gluconacetobacter diazotrophicus). Embora o uso do ácido acético a 2% como aditivo no tratamento térmico não tenha apresentado efeito antimicrobiano sobre a Lxx, este se mostrou promissor como tecnologia de melhoria no estabelecimento da Paraburkholderia tropica e Nitrospirillum amazonense, aumentando a atividade da nitrogenase e a brotação das gemas. Tais resultados foram obtidos quando os minitoletes foram tratados termicamente por 10 min em banho maria com água a 52ºC e posteriormente imersos por 10 min em solução de ácido acético a 2%. A modificação do tratamento térmico tradicional pode ser uma alternativa viável e barata para ambos os microrganismos utilizados, estabelecendo as bactérias benéficas e promovendo o controle parcial da doença.