Etiologia da Tripanosomíase em Hypostomus punctatus Valenciennes, 1840 (Ostechthyes, Loricariidae): taxonomia, prevalência e transmissão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Bara, Marta d' Agosto
Orientador(a): Freire, Nicolau Maués da Serra lattes
Banca de defesa: Freire, Nicolau Maués da Serra, Amato, José Felipe Ribeiro, Santa Rosa, Milden de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9760
Resumo: Objetivando-se avaliar infecção por tripanosomas em uma população de hospedeiros, foram examinados, de janeiro a dezembro de 1982, 303 cascudos-pedra, Hypostomus punctatus Valenciennes, capturados no Lago Açu da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. A prevalência de tripanosomas constatada pelo exame de sangue fresco, quer pela centrifugação de microhematócrito ou por gota de sangue entre lâmina e lamínula, foi de 100%. Pelo exame de esfregaços sanguíneos finos corados com Giemsa, detectaram-se 72,9% de positivos. Os peixes de menor comprimento, classe de 7 a 12 cm, apresentaram a maior intensidade mé- dia de infecção, que foi de 9,6 x l05 tripanosomas/ml de sangue; a intensidade da infecção decresceu progressivamente ao aumento de tamanho dos peixes, baixando a 1,2 x l05 tripanosomas/ml de sangue, entre os peixes maiores, de 28 a 33 cm. Foram identificadas duas espécies de tripanosomas pleomórficos: Trypanosoma (Haematomonas) chagasi Horta, 1910 e Trypanosoma (Isomonasoma) guaibensis Fróes, Fortes, Lima & Leite, 1978. H. punctatus foi, pela primeira vez, referido como hospedeiro de T. (I.) guaibensis. Isomonasoma foi proposto como novo subgênero, enquanto Haematomonas Mitrophanow, 1883 foi reduzido de gênero a subgênero. As sanguessugas capturadas sobre os cascudos pedra foram dissecadas e apresentaram-se infectadas por tripanosomas em diversas etapas de desenvolvimento. Tripanosomas foram transmitidos através de sanguessugas a um cascudo-pedra não infectado, proveniente de outro local. A incriminação da sanguessuga Diploddella sp. é a primeira referência a um veror de tripanosomas a peixes no Brasil.