Crescimento e metabolismo de nitrogênio em milho inoculado com Herbaspirillum seropedicae e Azospirillum brasilense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Breda, Farley Alexandre da Fonseca lattes
Orientador(a): Reis, Veronica Massena
Banca de defesa: Santos, Leandro Azevedo, Zonta, Everaldo, Alves, Gabriela Cavalcanti, Martins, Márcio dos Reis
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9148
Resumo: Para que a cultura do milho alcance altas produtividades é necessário que o solo possua uma fertilidade elevada, pois essa gramínea é altamente exigente em nutrientes, principalmente nitrogênio. Visando diminuir essa demanda por fertilizantes nitrogenados, algumas linhas de pesquisa vêm sendo desenvolvidas. Uma das alternativas é a utilização de bactérias diazotróficas fixadoras de nitrogênio. Deste modo, diferentes bactérias estão sendo utilizadas, dentre elas, destacam-se a Herbaspirillum seropedicae e a Azospirillum brasilense. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da inoculação de duas bactérias diazotróficas, a estirpe ZAE94, de Herbaspirillum seropedicae, e a estirpe Sp245, de Azospirillum brasilense, em plantas de milho, quanto à capacidade de alterar o crescimento e a absorção de nitrogênio ao longo do desenvolvimento da cultura, bem como, avaliar a sua produtividade e o rendimento no peso de mil grãos das plantas. Além disso, buscou-se avaliar o efeito dessas bactérias no metabolismo de N das plantas de milho quando cultivados em sistema hidropônico com solução nutritiva com alta e baixa concentração de deste elemento. Para isso, a tese foi dividida em dois capítulos, no primeiro foi realizado dois experimentos de campo, no ano agrícola de 2015/2016. Em ambos os experimentos, adotou-se o arranjo fatorial composto por quatros níveis de adubação (0, 50, 100 e 150 kg N ha-1), com diferentes inoculações (NI - não inoculado, Hs - Herbaspirillum seropedicae e Ab - Azospirillum brasilense), em quatro repetições. Para o segundo capítulo, foi realizado um único experimento em casa de vegetação, utilizando cultivo hidropônico com aeração intermitente. Adotou-se um arranjo fatorial composto por dois níveis de adubação (3,0 mM e 0,3 mM de N), com diferentes inoculações (NI - não inoculado, Hs - Herbaspirillum seropedicae e Ab - Azospirillum brasilense), em oito repetições. Observou-se que as condições ambientas influenciaram diretamente a resposta da interação planta/bactéria, onde o período de maior temperatura e umidade (safra verão) promoveu respostas mais expressivas de ambas as bactérias. Diante da avaliação do crescimento vegetal e da produção de grãos das plantas de milho, foi possível evidenciar o potencial da utilização de bactérias diazotróficas como insumo biológico, principalmente da espécie Herbaspirillum seropedicae, uma vez que, a associação destas com as doses de 50 e 100 kg N ha-1, promoveu incremento na produtividade de grãos de 15 e 35%respectivemante, quando comparados ao controle não inoculado. Com isso, a utilização desta bactéria possibilita a redução dos custos com adubação, consequentemente, causando menor impacto ambiental. A avaliação do crescimento vegetal mostrou, que as bactérias exercem efeito benéfico sobre o crescimento das plantas de milho, principalmente a Herbaspirillum seropedicae, fazendo com que sejam mais eficientes na produção de grãos e na absorção e assimilação de nitrogênio.