Representações sociais da deficiência nas famílias: um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Luna, Marla Bernardes Carmino dos Santos Dias lattes
Orientador(a): Naiff, Luciene Alves Miguez lattes
Banca de defesa: Naiff, Luciene Alves Miguez, Naiff, Denis Giovani Monteiro, Lopes, Marli
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14494
Resumo: A presente pesquisa se propôs desenvolver um estudo psicossocial, a partir do referencial teórico da Teoria das Representações Sociais acerca da deficiência e seu impacto nas famílias em nossa sociedade. Assim, identificar as representações sociais da família sobre deficiência pode se tornar uma maneira de subsidiar ações que possam ajudar a família, a pessoa com deficiência e a sociedade a lidar melhor com essa temática. O principal objetivo desta pesquisa foi identificar as representações sociais da deficiência nas famílias, independente do tipo de deficiência, considerando que “a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e barreiras comportamentais e ambientais que impedem sua participação plena e eficaz na sociedade de forma igualitária” (Relatório Mundial sobre a Deficiência, 2012). Optou-se comparar a representação de dois tipos de grupos familiares: um grupo familiar no qual há convívio direto com pessoas com deficiência e outro grupo familiar em que não há convívio direto com pessoas com deficiência. Esta pesquisa foi de caráter quantitativo e qualitativo. Para tanto utilizamos questionários com questões fechadas e abertas e tarefas de evocação livre. Na utilização de questionários pretendeu-se comparar as representações sociais de cinquenta e quatro famílias de cada grupo sob dois objetos Deficiência e Pessoa com Deficiência. As famílias que possuem alguma pessoa com deficiência são pertencentes ao CERVIM (Centro de Reabilitação da Vila Militar) que atende pessoas de todo o estado do Rio de Janeiro que necessitam de reabilitação. As famílias que não possuem pessoas com deficiência foram abordadas por conveniência, seguindo o mesmo critério, a eleição pela própria família do membro que pode representá-la. A pesquisa foi realizada com famílias residentes no Estado do Rio de Janeiro. O referencial teórico utilizado está baseado em estudos de Moscovici, Jodelet, Sá e Abric, assim como os estudos sobre a família e deficiência, Ariès;em Glat, Omote, Buscaglia, Amaral e outros. Os resultados apontam as representações sociais nas famílias com convívio direto às pessoas com deficiência ligadas aos aspectos da dinâmica cotidiana, dos direitos e da visão de compreender a pessoa com deficiência além de sua condição, como sujeito. As famílias que não apresentam essa realidade possuem representações sociais relacionadas a sentimentos de pena, compaixão, com olhar para a pessoa com deficiência ainda impregnado de desconhecimento, gerando preconceitos e discriminações. Como semelhança os grupos apontaram a dificuldade vivida pela pessoa com deficiência para garantir seus direitos, a falta de infraestrutura/acessibilidade, além da falta de políticas públicas efetivas, educação e saúde disponíveis e qualificadas