Impacto de herbicidas sobre bactérias diazotróficas associadas à cultura do arroz vermelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barbosa, Ernandes Silva lattes
Orientador(a): Machado, Aroldo Ferreira Lopes lattes
Banca de defesa: Machado, Aroldo Ferreira Lopes, Langaro, Ana Claudia, Machado, Miler Soares
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13705
Resumo: O uso de microrganismos que promovam o crescimento vegetal vem sendo estudado como uma das estratégias para incremento da produtividade e sustentabilidade da cultura do arroz (Oryza sativa L.). Diversos fatores reduzem a produtividade de cultivos de arroz com destaque para as plantas daninhas que competem com a cultura por luz, água e nutrientes. Neste caso, o uso de herbicidas se justifica, especialmente quando as infestações acarretam altas perdas na produtividade de grãos. Diante disso, objetivou-se avaliar o efeito de herbicidas em estirpes de bactérias diazotróficas associadas à cultura do arroz, variedade Vermelho Pequeno. Foram conduzidos três experimentos, sendo o primeiro com objetivo de avaliar o crescimento in vitro de estirpes bacterianas (Azospirillum brasilense 245 e Herbaspirillum seropedicae, 26H, Z67, Z94, ZA25 e ZAL95) após aplicação dos herbicidas Quincloraque nas doses 375, 750, 1125 e 1500 g i.a ha-1, Penoxsulam 60, 120, 180 e 240 g i.a ha-1 e Cialofope-butílico 225, 450, 675 e 900 g i.a ha-1; no segundo avaliou-se a germinação de sementes de arroz vermelho inoculadas com estirpes das bactérias diazotróficas Azospirillum brasilense 245 e Herbaspirillum seropedicae, 26H, Z67, Z94, ZA25 e ZAL95, tratadas com os herbicidas Quincloraque, Penoxsulam e Cialofope-butílico, nas doses 375, 60 e 225 g i.a ha-1, respectivamente e; no terceiro experimento, objetivou-se avaliar o crescimento e produção de arroz vermelho inoculado com estirpes das bactérias diazotróficas Azospirillum brasilense 245 e Herbaspirillum seropedicae, 26H, Z67, Z94, ZA25 e ZAL95 e tratadas com os herbicidas Quincloraque, Penoxsulam e Cialofope-butílico, nas doses 375, 60 e 225 g i.a ha-1, respectivamente. Os dados quantitativos do segundo e terceiro experimentos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e quando significativos as médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. No primeiro experimento verificou-se crescimento normal das bactérias na ausência de herbicida e nos tratamentos que receberam 375, 750 e 1125 g i.a ha-1, 60, 120 e 180 g i.a ha-1 e 225, 450 e 675 g i.a ha-1, dos herbicidas Quincloraque, Penoxsulam e Cialofope-butílico, respectivamente. Nos tratamentos que incluíam as maiores doses dos herbicidas, verificou-se inibição do crescimento das bactérias, com exceção da estirpe 245. No segundo experimento a variável número de raízes se mostrou estatisticamente diferente para a estirpe 245. No terceiro experimento, em coleta realizada aos 30 dias após o plantio, os valores de massa fresca de raiz, massa fresca e seca da parte aérea apresentaram diferença significativa, para efeito das estirpes 245 e ZA25. Assim como as estirpes 245, 26H e ZAL95 foram as que proporcionaram melhor desempenho para massa seca de raiz. Na avaliação realizada no florescimento, aos 60 dias após o plantio, as variáveis mantiveram o mesmo comportamento observado na primeira estimativa. Na coleta realizada ao final do ciclo da cultura, valores significativos foram encontrados para as variáveis massa fresca e seca de raiz e massa seca dos grãos, com melhor desempenho das plantas que foram inoculadas com as estirpes 245 e ZA25, ademais não houve efeito dos herbicidas testados. Portanto, os herbicidas utilizados não impactam as estirpes bacterianas de Azospirillum e Herbaspirillum. Em contrapartida, a inoculação contribui para o aumento do número de raízes, massa fresca e seca da parte aérea, massa fresca de raiz e massa seca de grãos. Entre as estirpes estudadas, a 245 e ZA25 são as que promovem maior crescimento vegetal.