Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marcos Bloise Moura
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Orientador(a): |
Osório, Luiz Felipe Brandão
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Banca de defesa: |
Osório, Luiz Felipe Brandão,
Maluf, Renato Sergio Jamil,
Souza, José Gilberto de,
Silva, Thiago Lima da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19944
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Resumo: |
No alvorecer do século XXI a fome volta a ser objeto de grave preocupação ao redor do mundo e no Brasil. A prevalência da questão simultaneamente a tantos avanços científicos e tecnológicos tornam o retorno ao tema inevitável e o resgate de autores clássicos necessário para a correta compreensão da dimensão do problema. A contradição interna do Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo e a subsistência da fome afastam aqueles atores que entendem a fome com mera produção insuficiente, tais como os neomalthusianos. Ao contrário das teorias inspiradas em Malthus sabemos ser a fome decorrente de questões políticas e dinâmicas internacionais. A fome surge, portanto, como um problema de expressão típica das relações de produção do capitalismo. A hipótese, portanto, é de que a fome não é fenômeno adstrito as dimensões internas dos países ultrapassando os limites das fronteiras nacionais e atingindo, em maior ou menor escala a quase todos os países do globo e, desse modo, não se pode deixar de ressaltar o viés do internacional na dinâmica da fome estando esses conceitos intimamente ligados. Estudar o fenômeno da fome e as relações do internacional implica na análise do imperialismo, forma como o capitalismo se expressa na ordem internacional. A presente pesquisa busca entender, em um autor clássico do tema da fome, Josué de Castro, como aparece o tema do internacional e do imperialismo na formulação de sua teoria, em suas obras e em sua atuação política. Como metodologia foi realizado um estudo dirigido, comentando e interpretando clássicos de Josué de Castro como Geografia da Fome (1946), Geopolítica da Fome (1951), Sete Palmos de Terra e um caixão (1965) e Homens e Caranguejos (1967). Realizou-se um estudo exploratório, qualitativo a partir dos originais do autor em estudo, seus comentadores e também análise dos discursos do autor quando de sua atuação política. Ao longo da pesquisa pretende-se demonstrar como Josué de Castro, que não é um autor do imperialismo, mas da fome traz aquela categoria de forma a amadurecer sua teoria sofisticando-a ao longo de sua trajetória. A presente dissertação em apertada síntese se divide em três capítulos, um primeiro onde se analisam os primeiros anos do autor até seu grande clássico “Geografia da Fome”. No segundo capítulo parte-se de “Geopolítica da Fome” e é realizada uma análise de sua atuação no conselho da FAO e na vida político-partidária brasileira. No terceiro capítulo analisa-se o período em que fora exilado e duas de suas obras escritas já na década de 1960. Como o resultado esperado o internacional vai sendo incorporado e sofisticando a análise da fome de Josué. |