Metabólitos secundários de algas pardas: Implicações ecológicas, taxonômicas e filogenéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Fleury, Beatriz Grosso lattes
Orientador(a): Kelecom, Alphonse Germaine Albert Charles lattes, Teixeira, Valeria Laneuville lattes
Banca de defesa: Kelecom, Alphonse, Teixeira, Valéria L., Pinto, Angelo da C., Simão, Sheila M., Rumjanek, Victor M.
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14671
Resumo: As algas pardas (Phaeophyta) constituem-se no grupo de maior biomassa na costa brasileira. Neste trabalho, foram estudados representantes de duas das ordens mais evoluídas desta divisão: Dictyotales e Fucales. Nossos resultados fitoquímicos indicaram um balanço na produção de três classes de substâncias: taninos, terpenos e esteróis. Foi observado que as algas que apresentam alto teor de esteróis, as Fucales, não possuem terpenos ou apenas pequenas quantidades deles, enquanto as Dictyotales, que são ricas em terpenos, apresentam baixos níveis de esteróis. Por outro lado, os taninos, surpreendentemente, foram encontrados em baixos níveis de concentração, o que difere drasticamente do que ocorre em regiões temperadas. Testes de herbivoria foram realizados, mostrando que as substâncias empregadas, a fração esteroidal e os diterpenos dtctyol H e 4α-acetoxi-14 α-hidroxidolastano-1(15),7,9-trieno isolados de Sarcassum furcatum Kuetzing, Dictyota cervicornis Kuetzing, Dictyota mertensii (Martius) Kuetzing, respectivamente, parecem ser inativas frente à pastagem pelo herbívoro marinho, crustáceo anfipoda Parhyale hawaiensis Dana. Para concluir, foi feita uma análise quimiossistemática destas duas ordens de algas pardas, com base em dados da literatura empregando índices taxonômicos como o de oxidação e o de avanço evolutivo de esqueleto. Os resultados obtidos comprovaram a utilização dos terpenos, sejam eles de origem biossintética mista ou não, como bons marcadores taxonômicos. Entretanto, indicamos os meroterpenos (terpenos de origem biossintética mista) como os marcadores quimiossistemáticos e filogenéticos mais "evoluídos" dentre os estudados até o momento em algas pardas.