Método bioanalítico para quantificação de Doxiciclina em plasma canino: desenvolvimento, validação e aplicação em estudos farmacocinéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Isabela de Paula lattes
Orientador(a): Cid, Yara Peluso lattes
Banca de defesa: Cid, Yara Peluso lattes, Fonseca, Laís Bastos da lattes, Castro, Rosane Nora lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17685
Resumo: A doxiciclina é um agente antimicrobiano da família das tetraciclinas que atua na inibição da síntese de proteínas bacterianas ligando-se, principalmente, às subunidades 30S dos ribossomos bacterianos, impedindo o acesso do aminoacetil – tRNA ao sítio receptor no complexo mRNA – ribossomo. É utilizada tanto na medicina humana quanto na veterinária. Em cães, frequentemente, é a escolha para o tratamento da Erliquiose canina. Atualmente as formas farmacêuticas existentes para doxiciclina disponíveis no mercado veterinário são comprimidos e suspensões. É uma classe bastante estudada, na literatura são encontrados com facilidade artigos que descrevem os métodos de análise para determinação dos componentes desta classe em plasma humano, entretanto em plasma canino os métodos descritos por CLAE-UV são escassos, sendo mais utilizados os métodos microbiológicos. Neste trabalho, um método foi desenvolvido e validado para a determinação da doxiciclina em plasma canino. As amostras foram submetidas a extração líquido-líquido com partição em baixa temperatura (ELL/PBT) seguida de separação por cromatografia líquida de fase reversa (CL-FR), usando como fase móvel acetonitrila/água com pH ajustado para 2,5 com ácido oxálico (20:80 v/v), o fluxo em modo isocrático com gradiente de fluxo entre 0,8-1,0 mL/min, com detecção ultravioleta (UV) a 357 nm. A oxitetraciclina foi utilizada como padrão interno (PI). A validação do método comprovou seletividade, sensibilidade, ausência de efeitos matriciais e residuais e, ainda estabilidade. A linearidade do método foi estabelecida na faixa de 0,5-10 μg/mL (r > 0,99), com limite inferior de quantificação (LIQ) em 0,5 μg/mL. Precisão intra e inter-dia apresentou valores de CV inferiores a 20 % para o LIQ e 15 % para as demais amostras de controle de qualidade e os valores de exatidão intra e inter-dia, expressos em EPR, apresentaram-se na faixa de ±20 % para o LIQ e ±15 % para as demais amostras de controle de qualidade. O método foi totalmente validado, atendendo a todos os parâmetros da legislação da ANVISA. A metodologia foi aplicada para análise de farmacocinética comparativa de doxiciclina administrada pela via oral a partir de duas formas farmacêuticas sólidas: comprimido mastigável e comprimido revestido (Doxifin), na dose de 100 mg. Ambas formulações são de uso veterinário, o comprimido mastigável foi desenvolvido previamente pelo Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária (LQEPV) e o comprimido revestido foi adquirido em loja de artigos animais. A administração dessas formulações atingiram, respectivamente, a circulação sanguínea (Cmax = 1,11 e 1,16 µg/mL), sendo absorvida (tmax de 240 e 195 minutos) e eliminada (t1/2 =1106,24 ± 130,41 e 1685,919 ± 726,44 minutos) rapidamente. A similaridade nos perfis plasmáticos das duas formulações testadas foi observada e a bioequivalência foi confirmada por testes estatísticos.