Direitos sexuais e reprodutivos e Paulo Freire: a emergência dos círculos ciberculturais
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19657 |
Resumo: | Esta tese investigou a tessitura de conhecimentos de direitos sexuais e reprodutivos no cotidiano do Colégio Estadual Rio de Janeiro, em Volta Redonda/RJ. Participaram do estudo, estudantes matriculados no 1 º ao 3º ano do Ensino Médio e seus professores, entendidos neste trabalho, como praticantes culturais. Embora os direitos sexuais e reprodutivos sejam direitos humanos assegurados em documentos internacionais e na legislação nacional, eles ainda são alvo de inúmeras violações. O escopo teórico-epistemológico da pesquisa considerou as contribuições de Paulo Freire, bell hooks, Roberto Sidnei Macedo e Edméa Santos. Metodologicamente, este estudo qualitativo se fundamentou nos pressupostos da ciberpesquisaformação, em diálogo com a educação freireana e a teoria feminista interseccional, tendo como instrumentos o caderno de campo e as fichas-roteiro das conversas nos círculos ciberculturais. A busca de temas geradores e de pistas do interesse juvenil pela temática sexualidade no cotidiano escolar foram os fios condutores dos primeiros movimentos da pesquisa. Os círculos ciberculturais, dispositivo principal deste estudo, foram inspirados na ideia dos círculos de cultura desenvolvidos por Paulo Freire. O uso metodológico deste dispositivo formacional, de pesquisa e aprendizagemensino considerou o caráter dialógico e ético do pensamento freireano, tendo em vista a potencialidade das redes de conversações instituídas dentrcfora da escola. Nos círculos freireanos e ciberculturais, a mediação das conversas foi orientada pelas premissas da educação online. Os atos de currículo que mediamos no colégio e no digital em rede, possibilitaram a realização de nove encontros nos círculos freireanos e ciberculturais e materializaram-se em ( ciber)criações sobre a prevenção da violência patriarcal, da gravidez na adolescência e de Infecções Sexualmente Transmissíveis, como o HIV/ Aids, produzidas de modo coletivo e inventivo. As cocriações que emergiram dos dados produzidos na pesquisa (narrativas, produção de textos, zines, imagens, áudios, vídeos, etc.) foram tecidas, a partir do modo como os praticantes ressignificaram a proposta curricular oficial. A análise interpretativa da produção de dados nas experiências freireanas e ciberculturais que mediamos no colégio colocaram em evidência duas noções subsunçoras ou categorias analíticas: Educação Online e Docência Implicada e Ambiências F ormacionais Ciberfeministas, que de maneira sucinta, revelaram a importância da atuação docente na tessitura de atos de currículo de direitos sexuais e reprodutivos e a potência do ciberfeminismo na mediação de ambiências formacionais comprometidas com a educação não discriminatória, na escola e no ciberespaço. A reflexão sobre os achados da pesquisa também favoreceu a construção de indicadores para a formação de professores na perspectiva da educação não sexista, antirracista e antiLGBTQIAPN+fóbica. |