Manejo do nitrogênio e emissão de gases de efeito estufa na produção de capim-elefante para bioenergia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Morais, Rafael Fiusa de lattes
Orientador(a): Alves, Bruno José Rodrigues lattes
Banca de defesa: Araujo, Adelson Paulo de, Pinheiro, Érika Flávia Machado, Polidoro, José Carlos, Maddock, John Edmund Lewis, Pereira, Marcos Gervasio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
15N
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9032
Resumo: O capim-elefante está entre as gramíneas de maior capacidade de acumulação de matéria seca, possuindo também características qualitativas favoráveis para a produção de energia. A sustentabilidade de seu uso depende basicamente de seu balanço energético e da quantidade de gases de efeito estufa decorrentes das práticas de manejo, do cultivo e do uso de sua biomassa. Geralmente, a contribuição da fixação biológica de nitrogênio atende a menos do que metade da demanda de N da cultura, sendo necessário repor o N retirado do sistema. O uso de fertilizantes nitrogenados é a opção mais recomendada, porém não se sabe o impacto quanto as emissões de N2O para a atmosfera. O objetivo geral desse estudo foi realizar experimentos que permitissem medir as perdas de N de fertilizantes na forma de volatilização de amônia e emissão de N2O. A volatilização de amônia foi avaliada por estar relacionada as emissões de N2O indiretas. Também se estudaram os efeitos de doses, fontes e formas de aplicação de N, visando identificar a melhor forma de fornecer nitrogênio para a cultura, com menor impacto nas emissões de N2O. Foram avaliadas as emissões de N2O decorrentes da etapa de preparo do solo e da aplicação de quatro doses de nitrogênio fertilizante na forma de ureia (40, 80, 120 e 160 kg de N ha-1). Foram avaliadas diferentes fontes de N fertilizante (ureia e sulfato de amônio) e formas de aplicação da ureia (incorporada ou a lanço) em comparação com sulfato de amônio, respectivamente, e adubação verde, em comparação a aplicação de ureia comum e revestida com polímeros, sobre a eficiência do uso do N pelas plantas e sobre as emissões de N2O do solo. Os resultados mostraram que a adubação nitrogenada é essencial para alcançar elevadas produtividades de biomassa em capimelefante. As emissões de N2O foram maiores com a utilização da ureia do que com a utilização do sulfato de amônio, não havendo efeito da incorporação da ureia. A utilização da adubação verde acarretou em maiores emissões de N2O quando comparada a ureia. As perdas por volatilização de NH3 variaram entre 40 a 60% do N aplicado na forma de ureia, e de 11% quando se utilizou sulfato de amônio. As perdas por volatilização de NH3 foram 35% menores quando a ureia foi enterrada, o que acarretou maiores ganhos de produtividade pelo capimelefante. A ureia revestida com polímeros acarretou em diminuição de 6 % das perdas por volatilização de NH3. A utilização do fertilizante nitrogenado é essencial para alcançar elevadas produtividades de biomassa do capim-elefante, e o impacto ambiental causado por essa prática pode ser reduzido em função da fonte e da forma de aplicação do fertilizante.