Pesquisa de carrapatos, pulgas e agentes transmitidos por vetores em áreas florestais da Amazônia Oriental e Mata Atlântica brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Izabela Mesquita lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da lattes
Banca de defesa: Fonseca, Adivaldo Henrique da, Silva, Claudia Bezerra da, Matos, Paulo Cesar Magalhaes, Peixoto, Maristela Peckle, Baeta, Bruna de Azevedo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9715
Resumo: Embora a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica estejam entre os mais importantes biomas do Brasil, são regiões que sofrem as consequências das ações antrópicas. Isso contribui para o surgimento de doenças provocadas por patógenos, devido ao contato humano com área de circulação de patógenos e seus vetores. Este estudo objetiva a detecção de hemoparasitos em áreas antropizadas da Floresta Amazônica e de regiões de Mata Atlântica. Foram realizadas coletas de carrapatos em um fragmento florestal no estado do Pará e no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, bem como carrapatos e pulgas em animais selvagens no Rio de Janeiro. Para a obtenção desses ectoparasitos foram empregadas as técnicas como arraste, perneiras de flanela e armadilha de CO2, e também pela inspeção em animais silvestres. Os ectoparasitos foram identificados usando chaves taxonômicas ou identificação molecular. Foi feita a extração de DNA para avaliar a detecção de DNA de Rickettsia spp., Ehrlichia spp., Anaplasma spp., Borrelia spp. e Piroplasmida, através da PCR. Foram obtidos 1.511 carrapatos, identificados em 17 espécies: Amblyomma spp., A. cajennense s.s., A. calcaratum, A. geayi, A. goeldii, A. humerale, A. naponense, A. pacae, A. varium, A. sculptum, A. dubitatum, A. longirostre, A. brasiliense, A. ovale, A. incisum, A. parkeri, H. juxtakochi e A. coelebs. Foi obtido um total de 54 pulgas, todas identificadas como Ctenocephalides felis felis. Através da PCR, Rickettsia bellii foi detectado em A. varium, A. goeldii, A. dubitatum e A.pacae; Rickettsia sp. cepa AL em A. longirostre; Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica em A. ovale; Rickettsia felis e “Candidatus R. senegalensis” em C. f. felis; Wolbachia sp. em C. f. felis; Anaplasma spp. em A. brasiliense e A. coelebs;; Borrelia sp. em A. calcaratum, A. coelebs e A. ovale e Amblyomma sp.; e Theileria sp. em A. coelebs. Todas as amostras testadas foram negativas para Ehrlichia spp. Esse trabalho trás o primeiro registro de R. bellii em A. varium e em A. goeldi, o primeiro registro de “Candidatus Rickettsia senegalensis” no Brasil e aumenta o número de espécie de carrapatos do gênero Amblyomma infectados com Borrelia sp.