Diagnóstico e aspectos ecológicos dos parasitos de duas espécies de Cichla (Perciformes: Cichlidae) e Pseudoplatystoma (Siluriformes: Pimelodidae) na sub-bacia do rio Jamari - Ariquemes, estado de Rondônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Angélica Lago lattes
Orientador(a): Alejos, José Luis Fernando Luque
Banca de defesa: Simões, Raquel de Oliveira, Vidal, Letícia Gabriela Poblete, Cézar, Anderson Dias, Oliveira, Fabiano Paschoal de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9599
Resumo: O objetivo da pesquisa foi conhecer a composição e estrutura das comunidades parasitárias de peixes nativos de rios que compõem a sub-bacia do rio Jamari-RO. Os exemplares de peixes, foram obtidos através de pescadores locais durante o período de abril de 2016 a abril de 2018. Foi utilizada uma abordagem quantitativa e qualitativa visando identificar, em nível das infrapopulações parasitárias, os descritores ecológicos de prevalência, abundância, abundância média, intensidade e intensidade média para cada espécie de parasito. O capítulo I descreve a infracomunidade parasitária de 120 espécimes de Cichla monoculus Agassiz, 1831. Sua fauna parasitária foi composta por um total de 2.369 helmintos parasitos, de 13 diferentes táxons: 3 digenéticos; 2 monogenéticos; 2 cestoides; 5 nematoides e 1 pentastomídeo. A comparação da prevalência de acordo com a sazonalidade da região demonstrou que os cestoides protocefalídeos foram as espécies mais predominantes em todas as estações de coleta e nematoides foram mais prevalentes na estação seca 2017 e chuvosa 2016 e 2017. Dos 75 espécimes de C. piquiti Kullander e Ferreira, 2006 analisados 55 estavam infectados por pelo menos 1 parasito, a fauna parasitária foi composta por um total de 1.100 helmintos parasitos de 12 táxons diferentes: 3 digenéticos; 1 monogenético; 2 cestoides e 6 nematoides. A prevalência e abundância parasitária de C. monoculus demonstrou sofrer influência da sazonalidade regional. O comprimento total dos hospedeiros não apresentou correlação com a abundância dos metazoários parasitos e a abundância média não foi influenciada pelo sexo, para ambas as espécies. No capítulo II dos 50 espécimes de Pseudoplatystoma tigrinum (Valenciennes, 1840) 45 estavam infectados por pelo menos uma espécie de parasito, com prevalência de 90% e dos 51 espécimes de P. fasciatum (Linnaeus, 1766) com 100% de prevalência. A fauna parasitária de Pseudoplatystoma foi composta por 19.283 helmintos de diferentes táxons: 3 digenéticos; 5 cestoides; 3 crustacea; 1 monogenético; 4 nematoides; 1 myxozoa. P. tigrinum apresentou maior prevalência de nematoides e monogenéticos. O comprimento total e a abundância média para as larvas de nematoides apresentaram uma correlação negativa, não sendo foi observada correlação significativa para os demais grupos. A abundância média não foi influenciada pelo sexo. Para P. fasciatum cestoides, nematoides e monogenéticos apresentaram maior prevalência. Houve correlação positiva entre a abundância média dos cestoides Peltidocotyle rugosa, Nominoscolex sudobim e o comprimento total dos peixes. A abundância média foi influenciada pelo sexo do hospedeiro parasitados por Peltidocotyle rugosa, Monticellia spinulifera, Nominoscolex sudobim onde as fêmeas apresentaram maior abundância média em relação aos machos.