Consórcios de espécies de cobertura de solo para adubação verde antecedendo ao cultivo de milho e repolho sob manejo orgânico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Carlos Antonio Barreto dos lattes
Orientador(a): Guerra, José Guilherme Marinho lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13737
Resumo: Avaliaram-se, no Estado do Rio de Janeiro, quatro espécies botânicas, consorciadas ou não, para adubação verde e cobertura do solo, antecedendo as culturas de milho verde e repolho. Estas culturas foram implantadas em sistema plantio direto e submetidas ao manejo orgânico. O estudo com o milho verde foi conduzido na Baixada Fluminense (Seropédica) a 33 m de altitude enquanto o estudo com o repolho teve lugar na região Centro Sul (Paty do Alferes) a 680m. Em ambos os experimentos, empregouse o delineamento de blocos casualizados, envolvendo 12 tratamentos com quatro repetições. As espécies de cobertura do solo utilizadas foram: Crotalaria juncea (C), girassol Heliantus annus (G), sorgo Sorghum bicolor (S) e mamoneira Ricinus communis (M). Os tratamentos relativos às espécies de cobertura corresponderam aos respectivos monocultivos e aos consórcios: C+G, C+S, C+M, C+G+S, C+G+M, C+S+M e C+G+S+M. O tratamento controle foi representado pelas parcelas que permaneceram em pousio, cuja vegetação espontânea foi roçada por ocasião dos plantios subsequentes de milho ou repolho. Nas condições da baixada fluminense, os consórcios favoreceram a diversidade da fauna edáfica epígea, quando comparados com o pousio, tanto ao longo do ciclo vegetativo das espécies de cobertura quanto após o corte. Com exceção do monocultivo de mamoneira, os demais tratamentos provocaram redução dos níveis de reinfestação de ervas espontâneas, relativamente ao pousio. A produtividade do milho em espigas verdes foi superior quando em sucessão aos monocultivos das espécies de cobertura e pousio. A crotalária revelou destacado potencial como adubo verde, tendo em vista que somente nas parcelas onde foi previamente cultivada o milho não recebeu fertilização orgânica suplementar. A maior quantidade acumulada de biomassa aérea seca também resultou do monocultivo de leguminosa, o que provavelmente contribuiu para o rendimento superior do milho. No ensaio conduzido na região Centro Sul, os valores mais elevados de biomassa produzida foram também obtidos a partir da crotalária em monocultivo, de seu cultivo consorciado com cada uma das outras plantas de cobertura (C+G, C+S e C+M) ou do triplo consórcio com sorgo e mamoneira (C+S+M). As taxas de decomposição in situ dos resíduos vegetais roçados distinguiram os consórcios dos monocultivos. Em termos de produtividade, o repolho foi beneficiado pelo pré-cultivo de crotalária e seus consórcios, com exceção daquele do qual participaram todas as quatro plantas de cobertura. Os resultados demonstraram adequação da Crotalaria juncea para sistemas rotacionados com culturas, de interesse comercial sob manejo orgânico. Indicaram, todavia, que combinações desta leguminosa com outras espécies nos pré-cultivos podem acarretar vantagens adicionais, ligadas à persistência da palhada distribuída na superfície do solo, a partir do corte da biomassa aérea, e à diversidade da fauna edáfica epígea.