Plasma rico em plaquetas autólogo, com e sem antibiótico, no tratamento intramamário de secagem: perfil de biomarcadores da saúde da glândula mamária na lactação subsequente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Terra, Rosangela Antunes lattes
Orientador(a): Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado
Banca de defesa: Pereira, Carlos Alberto Sanches, Baldani, Cristiane Divan, Azevedo, Maiara Garcia Blagitz, Helayel, Michel José Sales Abdalla
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10144
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da aplicação intramamária de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) autólogo na interrupção da lactação e seu efeito na lactação subsequente, avaliando-se biomarcadores da saúde da glândula mamária. O PRP vem sendo utilizado com sucesso em várias áreas da medicina, com propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, e seu uso in loco pode induzir uma resposta imune local na glândula mamária de bovinos e minimizar o uso de antibióticos. As unidades experimentais consistiram de 36 quartos mamários de nove vacas mestiças, sadias, gestantes, com mastite subclínica (MSC). Amostras de sangue e leite foram colhidas antes da secagem (A1), no dia do parto (D0) e aos 14,30 e 60 dias (D14, D30 e D60). Exame físico dos animais e diagnóstico de MSC foram feitos semanalmente. No último dia de ordenha, após esgotamento e antissepsia dos tetos (12 por tratamento -T), foram instituídas aplicações intramamárias: T1= antibiótico (ATB); T2 = PRP; T3 = PRP+ATB. Foram determinados das amostras de leite: contagem de células somáticas (CCS), composição, isolamento e amiloide A (MAA); e das amostras de sangue: hemograma, espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), haptoglobina (Hp), proteínas totais (PT). O delineamento foi inteiramente casualizado com arranjo em parcelas subdivididas. Os dados foram submetidos à análise de variância para medidas repetidas e as médias comparadas utilizando os testes de Tukey e Holm-Sidak (Prism 5.0 ou SigmaPlot®), com nível de confiança de 95% (p0,05). O método de obtenção do PRP foi eficiente, concentrando em quase 10 vezes a contagem plaquetária em relação ao sangue (290±40 para 2.477±500 plaquetas/mL). Não houve diferença na CCS em A1 (p>0,05), sendo elevada em todos os grupos. Após o parto, a maior média de CCS foi verificada no D30 no T3, com diferença em relação ao T1. Em D60 as CCS foram semelhantes nos três T. Quanto à composição do leite houve diferença em A1, com menores teores de gordura no T2 e os três grupos diferiram em relação ao extrato seco total, extrato seco desengordurado e proteínas. Nas amostras colhidas antes da secagem, Staphylococcus não aureus foi o micro-organismo mais isolado, seguido de Streptococcus spp. MAA foi mais elevado antes do parto e não houve diferença entre os tratamentos, com médias condizentes com animais sadios. MAA apresentou correlação fraca positiva com CCS (0,280). Em relação ao hemograma, todos os constituintes do eritrograma, em todos os momentos e grupos mantiveram-se dentro do intervalo de normalidade para a espécie. Já na série branca, leucocitose foi observada no T1 (entre D0 e D30), no T2 (D0) e T3 (todos os momentos), com predominância de desvio à esquerda. PT e Hp foram semelhantes em todos os tratamentos, com PT um pouco acima dos valores de referência. Apesar de CCS mais alta em D30 no T2, os tratamentos foram equivalentes nos demais parâmetros avaliados, logo o PRP foi eficaz na manutenção da saúde da glândula mamária, podendo ser utilizado como alternativa ao antibiótico na secagem.