Ensaio de fermentação in vitro com aplicação de inóculo fecal equino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Franzan, Bruna Caroline lattes
Orientador(a): Silva, Vinicius Pimentel
Banca de defesa: Silva, Vinicius Pimentel, Almeida, Maria Izabel Vieira de, Coelho, Irene da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
gas
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14831
Resumo: Este trabalho teve como objetivo utilizar as fezes de equinos como fonte de inóculo em ensaios de fermentação in vitro com alimentos volumosos. Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso em arranjo fatorial 2x2. O primeiro fator foi o tempo de hidratação do substrato: 0 e 12 horas; e o segundo fator foi a diluição das fezes com solução nutritiva na relação (peso:peso): 1:1 e 1:3. Para as variáveis produção cumulativa de gases e degradação dos nutrientes o delineamento utilizado foi inteiramente ao acaso em esquema de parcelas subdivididas, com o efeito tempo de incubação na subparcela. Três garanhões foram utilizados como doadores de fezes. Após 28 dias de adaptação à dieta e ao manejo, as fezes foram coletadas diretamente no reto dos animais. Após a coleta, as fezes foram misturadas com a solução nutritiva na relação (peso:peso): 1:1 e 1:3 e mantidas em banho maria a 39°C constantemente borrifadas com CO2. Após uma hora, o material foi filtrado e adicionou-se 10 mL de inóculo em frascos previamente preparados. Nos frascos de fermentação colocou-se 1 g do feno de Coastcross e, 90 mL de solução nutritiva adicionada no momento da inoculação ou 12 horas antes da inoculação. Avaliou-se a contagem bacteriológica 24 h após a inoculação, a degradação da matéria seca (DMS), matéria orgânica (DMO) e da fibra em detergente neutro (DFDN) nos tempos de 24, 48 e 72 h, o teor de nitrogênio amoniacal (N-NH3), pH e a produção cumulativa de gases até 72 h, a qual foi ajustada pelo modelo de regressão não linear unicompartimental. Os resultados foram submetidos à ANOVA 5% de significância, e as médias comparadas pelo teste SNK à 5%. Não houve efeito significativo dos fatores hidratação e diluição na DMO, DFDN, N-NH3 e na concentração de Lactobacillus spp., Streptococus spp., bactérias celulolíticas e bactérias anaeróbias totais. Houve efeito da diluição no pH final e efeito da hidratação na DMS. Houve interação entre o tempo de incubação e o tempo de hidratação do substrato na produção cumulativa de gases, com valores apresentando diferença significativa a partir de oito horas pós incubação. Não houve ajuste adequado ao modelo proposto, pois o parâmetro L não foi significativo. A hidratação do feno de Coastcross disponibilizou nutrientes solúveis para o desenvolvimento inicial dos microrganismos, reduzindo o período de fase lag de 2,32 para 0,24 h. Conclui-se que a hidratação do substrato volumoso desidratado é uma estratégia que aumenta o volume de gases provenientes da fermentação do substrato e a degradação da matéria seca, além disso, reduz o período de fase lag.