Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Curti Junior, Hélio Moulin
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Orientador(a): |
Goi, Silvia Regina
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Banca de defesa: |
Freitas, André Felippe Nunes de,
Darbilly, Thereza Cristina da Rocha Pessôa,
Sá, Cyl Farney Catarino de,
Freire, Juliana Müller |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9418
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Resumo: |
A vegetação de restinga, localizada nas planícies costeiras do litoral brasileiro, é considerada um conjunto de comunidades vegetais dispostas em mosaico que estão sobrepostas em solo de natureza arenosa. Possui uma flora rica e variada resultante da diversidade da sua origem geológica, topografia e condições ambientais. No município do Rio de Janeiro há poucas áreas com vegetação de restinga remanescente e correspondem a 1,6% do total de vegetação da cidade. O Parque Natural Municipal de Grumari (PNMG), onde foi desenvolvido este estudo, é considerado um dos menores fragmentos de restinga do Estado do Rio de Janeiro. Localizado na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, é uma unidade de conservação administrada pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro. Compreende vegetação de restinga e de forma análoga às restingas do Estado do Rio de Janeiro tem sofrido alta pressão antrópica, principalmente, associada ao turismo local, a retirada de espécies, a incêndios, ao pisoteio e a expansão da plantação de banana. Em face do histórico de pressão antrópica ocorrida na área do PNMG, foi realizado um estudo fitossociológico e bem como pesquisou-se a relação da vegetação de um trecho impactado da Mata de Restinga com os fatores edáficos associados à composição química do solo. Objetivou-se conhecer as espécies arbóreas presentes neste trecho impactado. Dez parcelas retangulares com dimensão de 10 m x 20 m foram delimitadas na área de estudo e as árvores com diâmetro à altura do peito maior ou igual a 5 cm fizeram parte da amostragem. Amostras de solo, à profundidade de 5 cm, foram coletadas a fim de proceder análise química. A identificação das espécies arbóreas foi realizada junto ao Herbário RBR do Departamento de Botânica, do Instituto de Biologia da UFRRJ. Procedeu-se análise de correspondência canônica (ACC), via Software PC-ORD versão 5.0, com o objetivo de avaliar se os fatores químicos do solo influenciam a distribuição das espécies arbóreas no local da amostragem. Um total de 277 indivíduos foram amostrados, perfazendo 33 espécies, 25 gêneros e 16 famílias. A espécie Cupania emarginata (camboatá), família Sapindaceae, com aproximadamente 50% dos indivíduos amostrados, foi identificada como a espécie dominante. As espécies de maior valor de importância foram Cupania emarginata, Tapirira guianensis, Byrsonima sericea, Myrsine guianensis, Eugenia punicifolia, Erythroxylum ovalifolium e Erythroxylum passerinum. A família Fabaceae, com 7 espécies, apresentou a maior riqueza. As informações oriundas da ACC demonstraram que os eixos 1 e 2 somados explicam apenas 14,5% da variação dos dados, indicando uma baixa correlação entre os parâmetros químicos do solo e a distribuição das árvores no local de amostragem. Devem ser aumentados os esforços para proteção deste remanescente de vegetação de restinga da cidade do Rio de Janeiro devido ao elevado número de espécies com pequena representatividade e bem como que algumas delas estão situadas em nível de ameaça vulnerável ou em perigo de extinção |