Estudo Retrospectivo da Prevalência dos Achados Ultrassonográficos Abdominais e da Qualidade de Vida em Cães e Gatos Idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rocha, Mirella Lopes da lattes
Orientador(a): Alonso, Luciano da Silva lattes
Banca de defesa: Santos, Marcia Carolina Salomão, Pereira, João Telhado, Labarthe, Norma Vollmer, Palhano, Helcimar Barbosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14243
Resumo: A população canina e felina tem aumentado sua longevidade nos últimos anos em decorrência de fatores como boa alimentação, mais conforto e carinho, prevenção das principais doenças infectocontagiosas e maior eficiência do atendimento médico veterinário. Com a evolução da Medicina Veterinária, o diagnóstico por meio da ultrassonografia tem avançado. Este trabalho objetivou: investigar quais são os principais achados ultrassonográficos em órgãos abdominais de cães e de gatos idosos e sua respectiva prevalência, através de estudo retrospectivo, e avaliar a percepção dos proprietários sobre a qualidade de vida de seus animais, por meio de questionário. Foi realizado levantamento de dados nos arquivos, de dezembro de 2010 a junho de 2011, no setor de ultrassonografia abdominal de um centro privado de diagnóstico veterinário. Foram analisados laudos dos exames de ultrassonografia abdominal de cães e gatos com idade superior a 10 anos. Ao final da avaliação do material, obteve-se a prevalência de cada achado em cada órgão abdominal, por espécie, sob apresentação percentual, para análise e apresentação dos resultados. Também foi aplicado questionário para proprietários de animais idosos para avaliar a percepção dos proprietários sobre sua qualidade de vida. Foi atribuída pontuação para cada parâmetro avaliado segundo as respostas obtidas: (0) Ruim, (1) Regular, (2) Bom. Os animais com maior soma de pontos gozavam de melhores condições de qualidade de vida na perspectiva de seus proprietários. Dos 745 laudos de ultrassonografia analisados, 625 (83,89%) foram de cães, sendo 404 (64,64% dos cães) fêmeas e 221 (35,36% dos cães) machos. E os laudos de gatos avaliados totalizaram 120 (16,02%), sendo 60 (50,00% dos gatos) machos e 60 (50,00% dos gatos) fêmeas. Os principais achados em sistema urinário de caninos e felinos idosos foram cistite e cálculo renal. Em fígado de felinos, o achado mais importante foi a diminuição da ecogenicidade, enquanto que em caninos os principais achados foram ecotextura heterogênea, diminuição da ecogenicidade e aumento de volume. O baço de felinos e caninos apresentou aumento de volume como achado mais importante. O trato gastrointestinal de felinos e caninos apresentou poucas alterações relevantes, sendo o espessamento de parede o achado mais observado nos laudos avaliados. As alterações mais encontradas em útero de gatas e cadelas foram aumento de volume, parede espessada e cisto em parede. A próstata de cães apresentou aumento de volume, ecotextura heterogênea e cisto como achados mais relevantes. Na perspectiva dos 149 proprietários de animais que participaram das entrevistas pôde-se atribuir que 78,52% dos animais foram considerados como possuidores de qualidade de vida boa, com pontuações de 14, 15, 16 e 17 pontos; 16,78% obtiveram qualidade de vida regular, com pontuações de 10, 11, 12 e 13 pontos. E apenas 4,70% dos animais tiveram um nível de qualidade de vida avaliada como ruim, com 4, 5, 8 e 9 pontos, na percepção de seus proprietários. Neste estudo não foram correlacionados os achados ultrassonográficos com a condição clínica de cada animal da amostragem. Os resultados encontrados caracterizaram e se referiram à realidade de um grupo específico de animais e não devem ser extrapolados para outros animais que não fazem parte deste contexto.