Formação de povoamento para restauração florestal sob estratégias de controle de Urochloa spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Flávio Augusto Monteiro dos lattes
Orientador(a): Leles, Paulo Sergio dos Santos lattes
Banca de defesa: Resende, Alexander Silva de, Machado, Aroldo Ferreira Lopes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9410
Resumo: A restauração florestal em áreas de pastagens, dominadas por Urochloa spp. (braquiárias) apresenta custo relativamente elevado, principalmente pela dificuldade de controle das populações destas espécies. O objetivo deste trabalho foi determinar a forma de controle mais eficaz para a rápida formação do povoamento florestal, com menor custo de manutenção. Foram comparadas cinco diferentes estratégias para controle de populações de braquiária em área de restauração florestal no município de Bom Jardim, RJ: T1 (capina em faixas nas linhas de plantio e roçadas nas entrelinhas); T2 (capina em faixas nas linhas de plantio e aplicações do herbicida glyphosate nas entrelinhas); T3 (capina em faixas nas linhas de plantio, roçada nas entrelinhas e adubações de cobertura complementar para as espécies florestais); T4 (capina em área total e consórcio com leguminosas herbáceas fixadoras de nitrogênio) e T5 (capina em faixas nas linhas de plantio, roçadas e consórcio com eucalipto nas entrelinhas). Avaliou-se o crescimento em altura, diâmetro ao nível do solo e comprimento de copa de dez espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, bem como todos os custos envolvidos na aplicação e manutenção de cada tratamento até 30 meses após o plantio. Em todas as épocas de avaliação, as plantas florestais apresentaram crescimento significativamente superior nos tratamentos consórcio com leguminosas e de aplicação de glyphosate. Quando comparadas com o manejo convencional (T1), o grupo formado pelas dez espécies florestais nativas cresceram mais em altura, diâmetro ao nível do solo e de copa nas unidades que receberam o T4 (Leguminosas) e o T2 (Glyphosate). Tanto o consórcio com leguminosas (T4) quanto a aplicação de glyphosate (T2) foram estratégias eficazes na redução de tempo de formação do povoamento implantado, resultando em ganho de crescimento de 78% e 58%, respectivamente, quando comparadas com o manejo convencional (T1). Entretanto, o custo de manutenção no tratamento consórcio com leguminosas (T4) foi quase seis vezes maior que o tratamento de aplicação de glyphosate (T2), indicando que esta última foi também a estratégia mais eficiente, uma vez que o rápido crescimento das espécies nativas foi alcançado com menor custo de manutenção. Adubações complementares aumentaram os custos de manutenção e o ganho de crescimento não diferiu do tratamento convencional (T1). O cultivo do eucalipto nas entrelinhas de plantio não prejudicou o crescimento das espécies nativas até os 30 meses após o plantio. O uso futuro da madeira de eucalipto tem como predicativo a geração de receita nas áreas destinadas à restauração florestal. Uma vez que todas as espécies florestais avaliadas, apresentaram ganho em crescimento quando em consórcio com leguminosas, sendo possível antecipar a formação do povoamento, esta estratégia deve ser aprimorada, visando ganhos em eficiência. A estratégia de controle por aplicação de glyphosate foi a mais eficiente, de tal forma que com apenas duas aplicação deste herbicida foi possível formar povoamentos para catalisar a restauração florestal no estado do Rio de Janeiro.