Espinhos e ferrões: a comunidade de himenópteros visitantes florais do jardim botânico da ufrrj e os fatores que afetam a visitação de flores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Menezes, Mariana Romanini lattes
Orientador(a): Queiroz, Jarbas Marçal de lattes
Banca de defesa: Queiroz, Jarbas Marçal de lattes, Souza, Marcelo da Costa lattes, Maria, Tatiana Fabricio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
bee
ant
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15976
Resumo: A ordem Hymenoptera inclui vários insetos que visitam flores (como, formigas, abelhas e vespas) e a coexistência de muitas espécies diferentes na mesma comunidade pode gerar competição interespecífica. Apesar de fazerem parte de uma mesma comunidade, são incomuns os trabalhos que avaliem a forma como estes grupos taxonômicos influenciam toda uma comunidade de himenópteros visitantes florais. Além disso, fatores abióticos também podem ter impacto nestas visitas florais, porque cada organismo responde de forma diferente às variações climáticas. O objetivo do presente estudo é avaliar os fatores abióticos, especificamente a umidade relativa e a temperatura do ar, que podem ter impacto no número e na frequência das interações entre himenópteros e flores e avaliar, por meio de redes de interação, a composição e organização de nichos de toda a comunidade de Hymenoptera florais no Jardim Botânico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Durante um ano, foram coletadas amostras nesse jardim botânico, compartimentando temporalmente as coletas, de acordo com o período do dia (manhã ou tarde). Foi observada uma influência positiva da temperatura do ar no número de interações e visitas das formigas. Também é possível observar que a maioria destas redes de interação exibem um padrão aninhado e não-modular e um nível médio de especialização da rede. Além disso, as abelhas destacaram-se como as espécies com maior frequência de visitas e com o comportamento mais generalista. Este estudo demonstra como mudanças climáticas podem alterar a dinâmica de visitação na comunidade de himenópteros visitantes florais, corrobora com o conhecimento prévio estabelecido acerca de redes mutualísticas inseto-planta e reitera como um jardim botânico pode sustentar uma comunidade diversificada de himenópteros visitantes florais em um ambiente urbano e porque consiste numa ferramenta importante para a conservação da biodiversidade.